JUSTIÇA

PF pede ao STF prisão preventiva de homem que falou em ‘caçar’ Lula e ministros

A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para mudar a prisão temporária…

PF pede ao STF prisão preventiva de homem que falou em ‘caçar’ Lula e ministros
PF pede ao STF prisão preventiva de homem que falou em ‘caçar’ Lula e ministros (Foto: Reprodução - Youtube)

A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para mudar a prisão temporária de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto para preventiva. O homem é investigado por defender nas redes sociais ataques a políticos de esquerda, como o ex-presidente Lula (PT) e o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), e a magistrados do STF.

Ele foi detido no último dia 22 em prisão temporária e a na última segunda (25) teve a mesma prorrogada por mais cinco dias pelo ministro Alexandre de Moraes. A demanda pela preventiva, que não tem prazo para soltura, foi feita pelo delegado da PF Fábio Alvarez Shor.

Segundo o policial, soltar Ivan geraria impactos na ordem pública, uma vez que o comportamento dele está “em um contexto mais abrangente de acirramento dos ânimos, do estímulo ao enfrentamento a oponentes políticos e de tentativas de enfraquecimento do Poder Judiciário”. A informação é do Poder360.

Ivan foi preso em 22 de julho pela Polícia Federal em Belo Horizonte por determinação de Moraes. Ele resistiu à prisão. O acusado havia sido candidato a vereador da capital mineira em 2020, sob o nome “Ivan Papo Reto”, pelo PSL (hoje, União Brasil). Teve 189 votos.

Além da prisão, à época Moraes determinou a busca e apreensão de “armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” em poder de Boa Pinto. Também determinou ao Twitter, YouTube e Facebook que bloqueassem as redes sociais do ex-candidato e que o Telegram restringisse um grupo que ele administrava.

A PF, que solicitou ao ministro a prisão de Boa Pinto, afirmou que ele utiliza canais da rede (YouTube, Facebook, Twitter) e aplicativos de mensagem para “mandar um recado para a esquerda brasileira”, cooptando apoiadores com o fim de “caçar” e de “praticar ações violentas dirigidas a integrantes de partidos políticos à esquerda do espectro ideológico e a ministros do Supremo”.

Nominalmente, são mencionados Lula, Freixo e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além dos ministros do Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e o próprio Moraes. Ele chama os ministros, nessas redes, de “vagabundos do STF”.