Previdência

Poderes e instituições do Estado assinam acordo de centralização previdenciária na GoiasPrev

Num dia considerado “histórico” pelo governador Marconi Perillo, os poderes Executivo, Judiciário, Legislativo, os Tribunais…

Num dia considerado “histórico” pelo governador Marconi Perillo, os poderes Executivo, Judiciário, Legislativo, os Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios e o Ministério Público Estadual assinaram Ato de Descentralização da Previdência prevendo a centralização, na Goiasprev, de todas as aposentadorias de servidores do Estado. A centralização previdenciária é uma determinação do art. 40 da Constituição Federal e ganhou corpo com aprovação da Lei Complementar 66, de 27 de junho de 2009, que criou a Goiasprev.

“Esse acordo é um gesto de grande maturidade e responsabilidade”, disse Marconi, ao ressaltar que os presidentes dos três Poderes estão comprometidos com o futuro de Goiás. Ele lembrou que as tratativas que possibilitaram o acordo de centralização previdenciária foram concluídas após um ano e meio de intenso trabalho dos técnicos indicados pelo Executivo, Judiciário, Legislativo, Tribunais de Contas e Ministério Público. “Este consenso foi construído ao longo de um ano e meio. Fizemos algo altamente relevante”, sublinhou Marconi na reunião.

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Leobino Valente, afirmou que os Poderes estão “coesos” e o Judiciário entende que está fazendo o que “a lei obriga”. O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, também reconheceu que, num primeiro momento, existiam muitas dúvidas sobre a centralização previdenciária, mas que foram sanadas a partir das diversas reuniões das equipes de trabalho. “É algo que temos de enfrentar”, afirmou Hélio, referindo-se à nova sistemática previdenciária. Os presidentes dos Tribunais de Contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM) e do Ministério Público Estadual também assinaram o documento.

Aos presidentes do Legislativo e Judiciário, o governador demonstrou preocupação com relação ao déficit previdenciário no Estado. Segundo levantamentos da GoiasPrev, no Executivo o déficit, em 2010, era de R$ 55 milhões por mês e hoje é de R$ 150 milhões. Marconi disse que a redução deverá ocorrer em médio e longo prazos, com a reforma Previdenciária e a Previdência Privada Complementar, modelo estabelecido para funcionários públicos contratados a partir de abril 2012.

Marconi enfatizou ainda que o problema do déficit previdenciário está na ordem do dia e é responsável pela crise financeira de estados como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Nós temos preocupações em relação a problemas futuros, pensando nos próximos governadores”, ponderou. Quando não conseguem resolver a situação previdenciária, os estados ficam impedidos de ter acesso a financiamentos por não obterem o Certificado de Regularização Previdenciária.