"GESTÃO TRANSPARANTE"

Prefeitura diz que vai acatar recomendação do MP e fazer auditoria na Comurg

Ele afirmou que a reestruturação da Comurg é essencial para garantir a eficiência do serviço público e o uso adequado dos recursos municipais

Mabel em coletiva com a imprensa nesta quarta-feira (15) falou sobre situação da Comurg (Foto: Divulgação)

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), destacou nesta quarta-feira (15) que vai acatar a recomendação do Ministério Público de Goiás (MPGO) para auditoria na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Durante coletiva com a imprensa, o chefe do executivo municipal destacou que já tem dialogado com o MP e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) para sanar os problemas da companhia. Ele destacou que após a situação normalizada, conseguirá promover uma economia de R$ 70 milhões no órgão.

“A nossa gestão é aberta, clara, transparente. Levamos os problemas ao MP e temos mostrado o tamanho da situação também ao Tribunal de Contas dos Municípios. A Comurg parecia um forte apache, que ninguém entrava. Acabou isso, eu botei minha tropa lá dentro e vamos arrumar essa Comurg. Quem não trabalha, quem está envolvido em corrupção, isso vai acabar lá dentro”, afirmou o prefeito durante evento em que apresentou a ex-prefeita de Bela Vista de Goiás, Nárcia Kelly (PP) como presidente da GoiâniaTur, órgão responsável pela gestão de turismo e eventos da capital.

Mabel criticou os custos operacionais da Comurg, que chegam a R$ 103 milhões por mês. De acordo com ele, esse valor poderia ser reduzido para R$ 30 milhões, o que significaria uma economia de R$ 70 milhões mensais. “Esse sistema de urbanismo gasta 103 milhões por mês. Eu consigo fazer por 30. São 70 milhões sendo jogados fora. Isso tem que acabar. Já invadimos o forte apache e vamos valorizar os trabalhadores que estão na linha de frente, como aqueles que trabalham na chuva e nas ruas. Esses continuarão na Comurg, mas os que não trabalham e têm salários fora da realidade serão eliminados”, declarou.

O prefeito também comentou sobre a dificuldade de revisar cláusulas de acordos coletivos, mas defendeu que mudanças são necessárias para corrigir abusos. “Acordo coletivo tem força de lei, mas lei inconstitucional não pode prevalecer. Vamos respeitar os direitos, mas abusos não serão tolerados. Salários absurdos, como de R$ 120 mil, não têm cabimento. Vamos contestar e corrigir essas distorções”, disse Mabel.

Mabel afirmou que a reestruturação da Comurg é essencial para garantir a eficiência do serviço público e o uso adequado dos recursos municipais. “São quase R$ 1 bilhão por ano jogados no lixo. Quero transformar isso em obras para a cidade. Já sei de onde tirar esses recursos e vamos trabalhar para mudar essa realidade.”