Prefeitura de Goiânia teve déficit mensal de R$ 30 milhões em 2016

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), esteve na Câmara Municipal na manhã desta segunda-feira (20) durante reunião da Comissão Mista para prestar contas dos gastos do município no último quadrimestre de 2016. Logo no início de seu discurso, Iris criticou Paulo Garcia (PT) e afirmou que o ex-prefeito deveria ter feito a apresentação dos números à Câmara ainda no ano passado.

De acordo com Iris, o déficit mensal do município em 2016 foi de R$ 30 milhões mensais. A dívida consolidada, superior a 12 meses, chegou a R$ 709,2 milhões no ano passado. “Recebi a prefeitura com todas as obras paralisadas porque não foi dada a contrapartida necessária. A situação é complexa e estamos cortando gastos”, disse Iris aos vereadores.

Na oportunidade, o prefeito disse que a situação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) “é de cair de costas”. “Os senhores precisam tomar conhecimento e me ajudar”, pediu Iris.

Dificuldades

Com o microfone aberto para questionamentos, os vereadores fizeram uma série de perguntas ao prefeito e argumentaram sobre problemas da Capital. Clécio Alves (PMDB) questionou sobre aumento no IPTU. “O senhor não tem culpa, mas a planta de valores carece de revisão”, disse o vereador. Já Welington Peixoto (PMDB) pediu o cancelamento de contrato terceirizado para serviços de iluminação pública.

O vereador Anselmo Pereira (PSDB) falou sobre o atraso nos repasses para creches filantrópicas e a “situação caótica dos cemitérios”. Ele também citou o atraso nas obras do BRT. Cristina Lopes (PSDB) perguntou sobre quando o Plano Diretor vai chegar à Câmara.

Em resposta aos vereadores, Iris afirmou que não pode reduzir o valor do IPTU por causa da situação nas contas da prefeitura. Em relação ao contrato com a empresa que cuida da iluminação pública, o prefeito disse que o documento está sendo revisado.

Sobre o Plano Diretor, o prefeito afirmou que o texto será enviado à Casa o mais rápido possível. “Vamos resolver o problema do repasse às creches filantrópicas. Peço paciência”, disse.