RESPOSTA

Presidente da Câmara de Cachoeira Alta rebate denúncia de diárias fantasmas: ‘Infundada’

Vereador afirma que existe "politicagem" na cidade e que ocorreu uma "chuva de denúncias" desde que foi eleito para o comando da Casa de Leis

Presidente da Câmara de Cachoeira Alta rebate denúncia de diárias fantasmas: 'Infundada'
Presidente da Câmara de Cachoeira Alta rebate denúncia de diárias fantasmas: 'Infundada' (Foto: Reprodução)

O presidente da Câmara de Cachoeira Alta, Josuel de Freitas Lemes (PP), rebateu as acusações de compra de votos para eleição da presidência do parlamento e de participar de um esquema de concessão indevida de diárias a vereadores e servidores, supostamente destinadas à participação em cursos e viagens, ou seja, de “diárias fantasmas”. “Denúncia infundada”, garantiu.

Na terça-feira (13), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou uma ação contra a Casa de Leis, que teve oito alvos, sendo cinco vereadores. As investigações começaram no início deste ano após pedido do Ministério Público (MP) para apurar suposta compra de votos para eleição para a presidência da Casa. Com a investigação, a PCGO teria descoberto a concessão indevida de diárias a vereadores e servidores ligados ao presidente da Câmara, que movimentaram, pelo menos, R$ 110 mil em quatro meses. Além disso, a corporação apurou que os cursos não eram realizados, uma vez que a frequência não era cumprida. Sobre os indícios de corrupção eleitoral, os dados foram enviados para a Polícia Federal (PF).

Mas em vídeo enviado ao Mais Goiás, Josuel afirma que foi surpreendido pela polícia em ação denunciada pelo MP anonimamente sobre compra de votos para a eleição da presidência, além das “diárias fantasmas”. “Sabíamos que não seria fácil, principalmente pela politicagem que existe na cidade. Não era para ser o escolhido como presidente. De lá para cá, temos sofrido uma chuva de denúncias anônimas. Se fosse verdade, a pessoa colocava o CPF.”

Ainda segundo ele, os advogados darão andamento ao processo. “Respeito a ação da Polícia Civil, MP e Judiciário. (…) Quero deixar claro. Não houve compra de votos e nunca desviamos um centavo da Câmara. Denúncia infundada, que tem que ser verificada pela Polícia Civil e Ministério Público. Enquanto isso, a Câmara não para. A Casa vai continuar trabalhando normalmente.”

Alvos da operação

Conforme a corporação, os alvos incluem oito investigados. Destes, cinco são vereadores, de um total de nove membros do legislativo. Foi apurado que eles são: o presidente da Câmara, Josuel de Freitas Lemes, o vice-presidente, Shaylon Rodrigo Ribeiro (PP), e os vereadores Luziene do Niteta (UB), Renato Rosa (MDB) e Tiaguin Ramalho (Podemos). Este último foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo em sua residência.

Outros acusados são dois servidores do parlamento e um terceiro investigado em outro procedimento pela suposta prática do crime de usura (agiotagem), com vínculo direto com o atual presidente da Casa de Leis.