Presidente da Câmara de Goiânia é a favor de lei seca sugerida por Caiado
"Atos, mesmo que impopulares, são para preservar a vida”, afirmou Romário Policarpo
O presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), defendeu a sugestão de Ronaldo Caiado (DEM) – acatada pela maioria dos prefeitos que estiveram na reunião com o governador na tarde de segunda (25) – pela determinação de uma lei seca, a partir das 22h, em bares, restaurantes e similares.
O patriota, inclusive, concorda com a possibilidade de medidas mais restritivas, caso seja necessário. “Momentos extremos exigem medidas extremas”, declarou. “O governador e os prefeitos têm um panorama do que de fato acontece na saúde”, defendeu os gestores de modo mais abrangente ao justificar a necessidade de ações impopulares em caso de risco de colapso.
“Caiado, mais que qualquer um, tem propriedade sobre esse assunto para debater e tomar atitudes, pois tem acompanhado de perto. Atos, mesmo que impopulares, são para preservar a vida”, declarou.
Encontro de segunda
O encontro virtual realizado na tarde de segunda-feira (25) com o chefe do Executivo Estadual reuniu 141 prefeitos. Deste número, 125 foram favoráveis à proposta. Novo decreto, com as condições previstas para cada tipo de estabelecimento, deverá ser publicado nesta noite.
Na reunião, o governador lembrou, entretanto, que cabe aos prefeitos – e não a ele – assinar decretos com este teor. “Quem dá alvará de funcionamento são as prefeituras”, disse Caiado. “O que for deliberado pela maioria é o que vou acolher.”
Saúde no Estado
Na ocasião, Caiado também falou sobre as cidades que não tinham mais vagas de UTI pública. São elas: Porangatu, Formosa, Itumbiara e Luziânia. De acordo com Caiado, Anápolis, Rio Verde, Aparecida e Goiânia estão aptas a receberem pacientes desses municípios. “São as únicas quatro cidades com UTIs públicas que ainda tem vaga”, reforçou.
No começo do encontro, secretário de Estado de Saúde, Ismael Alexandrino, disse que, desde 1º de janeiro, a taxa de ocupação de leitos de UTI tem crescido 1% dia.
Segundo ele, atualmente, a ocupação de leitos de UTI é de 75% no Estado, enquanto a enfermaria é de 50%. Apesar disso, Ismael afirma que é possível, ainda, expandir e criar leitos no Estado e no Hospital das Clínicas.
“Contudo, essa capacidade de expansão é limitada. Do ponto de vista de estrutura física, equipamento e pessoal.” Desta forma, ele alerta que o cenário atual é de curva crescente.
Tanto Ismael, quanto o governador reforçaram que não há, neste momento, debate sobre lockdown.