MEIO AMBIENTE

Projeto na Alego pode alterar lei para impedir lazer na barragem do Parque Estadual João Leite

No ano passado, a Semad realizou consulta pública para permissão de uso da barragem do João Leite para lazer e turismo

O Governo de Goiás abandonou o projeto que pretendia usar o reservatório da Barragem João Leite e do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco para práticas de lazer e turismo, como pesca, canoagem e até churrasco. O comunicado foi dado por meio de nota, nesta sexta-feira (22). A proposta teve uma repercussão negativa e vinha sofrendo críticas de especialistas e da própria população, já que o espelho d´água é responsável pelo abastecimento público da capital e região metropolitana.
Governo de Goiás desiste de usar reservatório do João Leite para lazer e turismo (Foto: Semad - Divulgação)

Projeto que dá novas diretrizes em relação ao uso do Parque Estadual do João Leite foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) nesta quinta-feira (16). As alterações impedem que a barragem seja usada como local de lazer.

De autoria do deputado estadual José Machado (PSDB), o texto altera o artigo 3º da Lei n° 18.462, de 9 de maio de 2014, que criou o parque estadual. O parlamentar propõe que o local seja usado, exclusivamente, para preservar a qualidade das águas do reservatório de captação de águas para
abastecimento público de Goiânia e Região Metropolitana, a flora e fauna, e as belezas cênicas.

Para o parlamentar, a atualização da lei se faz necessária diante da notícia veiculada na mídia sobre a intenção de liberar a barragem do João Leite para o uso público, transformando unidades de conservação em locais de visitação, turismo e lazer. Segundo ele, esse uso causaria graves danos ao meio ambiente e, consequentemente, à qualidade de vida das pessoas que dependem da água captada para abastecimento público.

Lazer

No ano passado, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semad) realizou consulta pública para permissão de uso da barragem do João Leite para lazer e turismo. Na ocasião, a proposta teve uma repercussão negativa e sofreu críticas de especialistas e da própria população, já que o espelho d’água é responsável pelo abastecimento público da capital e região metropolitana. Assim, o governo desistiu da mudança.