SEGURANÇA

Projeto pode garantir acompanhante a mulheres durante cirurgias com sedação, em Goiânia

Tramita na Câmara Municipal um projeto de lei que obriga hospitais da rede pública de…

Anestesista preso por estupro durante parto vai acompanhar julgamento por videoconferência
Anestesista preso por estupro durante parto vai acompanhar julgamento por videoconferência (Foto: Reprodução - Youtube)

Tramita na Câmara Municipal um projeto de lei que obriga hospitais da rede pública de Goiânia a permitir um acompanhante junto a paciente do sexo feminino durante todo o procedimento cirúrgico e pós-operatório. O projeto de lei quer evitar casos de abusos e violência sexual, como o do médico que estuprou uma gestante durante o parto, no Rio de Janeiro, nesta semana.

O autor da proposta, o vereador Leandro Sena (PRTB), argumenta que o projeto tem o objetivo de resguardar a integridade das mulheres que passam por cirurgias que exijam a sedação por anestesia.

“Vamos regulamentar não somente as mães que estão no processo de operação, como pós-operatório, que a lei federal garante ser acompanhada”, diz o vereador.

“Queremos apoio dos colegas e do Executivo para que a mulher tenha o direito de ser assistida por acompanhante em qualquer procedimento cirúrgico. A mulher que precisa passar por anestesia em Goiânia terá garantia do município de que não precisará  passar por situação similar à que aconteceu no Rio de Janeiro”, completa.

O projeto ainda precisa passar por avaliações das comissões da Câmara Municipal. Somente depois deve seguir para plenário e, caso seja aprovado, seguirá para a sanção do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

Anestesista

A matéria tem relação direta com a repercussão do caso de uma mulher estuprada pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, enquanto passava por parto cesariana, no Hospital da Mulher, em São João do Meriti,  no Rio de Janeiro.

Giovanni foi preso após enfermeiras da unidade, que já suspeitavam da conduta dele, filmarem ele praticando abuso contra uma mulher em trabalho de parto.

Para se ter uma ideia, a Polícia Civil investiga 30 possíveis casos de estupro de pacientes do médico anestesista.