NA CCJ

Projeto que permite alienação de 57 áreas públicas avança na Alego

O texto não define quais áreas seriam destinadas a venda ou permuta, nem valor total dos imóveis

Pensão das vítimas do césio 137 em Goiânia poderá ser reajustada
Pensão das vítimas do césio 137 em Goiânia poderá ser reajustada (Foto: divulgação)

Deputados aprovaram projeto enviado pelo governo estadual que permite a alienação de 57 áreas públicas na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em sessão realizada na quarta-feira (6). O texto não define quais áreas seriam destinadas a venda ou permuta, nem valor total dos imóveis.

Segundo a justificativa do governo, as áreas relacionadas para a venda não seriam de interesse do Estado já que não estão vinculadas a uma finalidade pública. “Por isso, seria melhor aliená-l[a]s a fim de que, com a receita decorrente desta operação, fosse possível realizar novos investimentos”, aponta o texto enviado pelo governo à Assembleia.

O líder do governo na Assembleia, deputado Bruno Peixoto (MDB), pediu vista e, na sequência, devolveu a matéria acolhendo apenas os votos em separado dos deputados Chico KGL (DEM) e Lucas Calil (PSD). No relatório, o parlamentar acatou a retirada de duas áreas do projeto de alienação e rejeitou as emendas de Humberto Teófilo (PSL) e Karlos Cabral (PDT). Um delas fica em Rio Verde, com 4.886,49 m², retirada à pedido do deputado Chico KGL e outra, em Goiânia, com 85.226,47 m².

Contraposição

Os deputados Antônio Gomide, Adriana Accorsi, ambos do PT, e Leda Borges (PSDB) se manifestaram contrários à alienação dos terrenos sobretudo por critérios técnicos. Os parlamentares apontaram que algumas áreas estão desatualizadas. “Temos pelo menos quatro áreas que estão desatualizadas, onde o Governo estaria vendendo esses espaços dizendo que estão em um munícipio, mas a área está em outra cidade”, disse Gomide.

“Como vamos votar um projeto com informações irregulares e desatualizadas? Só isso já anula o ato”, indagou Leda.