LEI OBRIGA

Projeto reajusta contribuição previdenciária dos servidores da prefeitura de Goiânia

Assim como em Aparecida, a prefeitura de Goiânia também enviou, nesta semana, um projeto de…

Mesmo com déficit atuarial controlado, Goiânia precisa elevar contribuição de servidores
Mesmo com déficit atuarial controlado, Goiânia precisa elevar contribuição de servidores

Assim como em Aparecida, a prefeitura de Goiânia também enviou, nesta semana, um projeto de lei que reajusta a alíquota de servidores ao Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Goiânia (GoiâniaPrev) de 11% para 14%. O GoiâniaPrev, ressalta-se, não possui déficit. Na verdade, não há dívida atuarial pelos próximos 35 anos, segundo a presidente Carolina Pereira.

Líder do governo na Câmara, Welington Peixoto (DEM) afirma que o texto irá para Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima terça (22), podendo ir a plenário na quarta (23). A matéria, em Aparecida, já foi aprovada, nesta semana.

Welington acredita que o tema vá gerar muita discussão na Casa, visto que o GoiâniaPrev seria superavitário.

GoiâniaPrev

Carolina Pereira, presidente do GoiâniaPrev, reforça que se trata, sim, de imposição do governo federal. “Na emenda constitucional 103/2019 determinou que todos os regimes próprios de previdência social subissem para, no mínimo, 14%. O governo do Estado também fez isso, mas acima de 16%. Goiânia só vai subir por conta da imposição.”

Segundo ela, Goiânia só possui déficit atuarial após 35 anos. “Em 2018, Goiânia fez a primeira reforma previdenciária, que foi muito moderna. Mas temos que adequar por conta da reforma previdenciária do governo.”

O déficit atuarial, destaca-se, é o somatório da massa de inativos, servidores e projeta a contribuição no tempo, levando em conta a aposentadoria e a expectativa de vida.

SindiGoiânia

O portal também tentou contato com o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindiGoiânia). O presidente Ronaldo Gonzaga enviou uma nota. Confira:

“Em primeiro lugar o SindiGoiânia é contra qualquer tipo de aumento de impostos ou contribuições que diminua a renda do servidor da Prefeitura de Goiânia, pois a maioria deles tem salários muito baixos.

Em segundo lugar, foi realizada dentro do atual mandato do Prefeito Iris Rezende, uma reestruturação da previdência do servidor municipal e através dela foram aportadas áreas públicas ao Fundo de Previdência de tal modo que possibilitou um superavit nas contas Previdenciárias.

Em terceiro lugar, o projeto em questão não foi aprovado pelo CMAP – Conselho Municipal de Administração Previdenciário por falta de um cálculo atuariam que incorpore os valores das áreas públicas aportadas, sendo ele o Órgão responsável pelas diretrizes da aplicação da previdência no município de Goiânia, assim, não se pode falar em reajustar a alíquota de contribuição dos Servidores, mesmo que existam leis que a autorize.

Diante da situação, o SindiGoiânia se posiciona contrário à aprovação do referido projeto se Lei, inclusive solicitamos à Câmara Municipal a devolução do projeto para o Executivo até seja cumprido o que exige a legislação para um suposto aumento da alíquota previdenciária dos Servidores.”