RECURSO

PSDB vai recorrer de decisão que absolveu Wilder Morais em caso de venda de “Picanha Mito”

TRE-GO deu decisão favorável ao senador de forma unânime, na segunda-feira

PSDB vai recorrer de decisão que absolveu Wilder Morais em caso de venda de “Picanha Mito”
PSDB vai recorrer de decisão que absolveu Wilder Morais em caso de venda de “Picanha Mito” (Foto: Reprodução)

A federação PSDB-Cidadania vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) que absolveu o senador Wilder Morais (PL) no caso da venda de “Picanha Mito”. Em nota, os partidos disseram que “houve o reconhecimento da prática de ilícito eleitoral, mas considerou-se que o benefício ao candidato ao cargo de senador não teria sido claramente demonstrado”.

Sobre o caso, o TRE-GO foi favorável a Wilder na segunda-feira (11), por unanimidade, contra a ação proposta pelo PSDB, que pleiteava a cassação do mandato do senador sob a alegação que a promoção, realizada pelo Frigorífico Goiás pelo valor de R$ 22 o kg, no dia da eleição, teria favorecido o eleito, impactando nos resultados eleitorais. Os tucanos argumentavam que as pesquisas indicavam Morais em quarto lugar, enquanto o candidato da federação, Marconi Perillo (PSDB), estava em primeiro.

De acordo com o advogado de Wilder, Leonardo Batista, o TRE-GO, após análise dos fatos apresentados, entendeu que a referida promoção não teve influência decisiva nos resultados eleitorais. O tribunal considerou que a promoção foi realizada em todo o Estado, e que não há evidências de que ela tenha sido direcionada especificamente para o eleitorado do Senador Wilder.

Para a federação PSDB-Cidadania, entretanto, “é certo que a promoção se inclui no extenso rol de ilícitos eleitorais cometidos em favor do ex-presidente. Não se pode negar, contudo, que foi de extrema gravidade a conduta encetada, sendo óbvio que a medida favoreceu o candidato a senador, pois, afinal, foi ele o grande parceiro de Bolsonaro nas eleições de 2022 em Goiás.”

Os partidos afirmam, ainda, que estarem confiantes da reversão da decisão do TRE na Corte Superior. “O TSE tem, há muito tempo, postura severa contra desvios dos candidatos, relativamente em relação ao abuso do poder econômico e à compra de votos.”