"ANSIEDADE"

Em desabafo, Silvye Alves coloca dúvidas sobre reeleição em 2026

Sem citar nomes, ela disse que vê no dia-a-dia compra de votos de parlamentares com prefeitos e não crava se vai para a disputa ano que vem

Silvye Alves na tribuna da Câmara dos Deputados (Foto: Divulgação)

A deputada federal Silvye Alves (UB) fez um desabafo contundente neste domingo (2), expressando sua preocupação com a corrupção na política e a compra de votos. Em um vídeo publicado nas suas suas redes sociais, a parlamentar relatou a frustração com o sistema político-eleitoral e demonstrou dúvida sobre sua candidatura à reeleição em 2026.

“Só fica quem tem a missão. É muito difícil. Existem dois lados na política: o lado da caridade, do trabalho, de mudar a vida das pessoas, e o lado podre, da política bandida”, destacou Silvye Alves.

“Eu poderia contar nos dez dedos das minhas mãos os nomes que mais me enojam na política. Pessoas que compram absolutamente tudo”, disse Silvye Alves, afirmando que se sente cada vez mais desmotivada ao ver prefeitos e eleitores negociando apoio em troca de dinheiro.

Silvye Alves afirmou que sente uma grande ansiedade ao observar o funcionamento do sistema político e disse que não sabe se voltará a disputar a Câmara Federal. “Meu medo não é das pessoas que estão diante de mim. Meu medo é da corrupção. Meu medo é do eleitor que se vende”, afirmou.

Apesar das críticas, a deputada garantiu que continuará atuando pelos direitos das mulheres, autistas, idosos e animais e que seguirá defendendo pautas sociais até o fim de seu mandato. “O que eu puder fazer pelas mulheres, pelas famílias, eu farei. Sou vista hoje como a deputada da mulher brasileira e quero continuar com essa missão”, concluiu.

Compra de votos e o “sistema” eleitoral provocam ansiedade em Sylvie Alves

A deputada, que foi a mulher mais votada da história de Goiás, com 254.630 votos em 245 municípios, disse que já enfrenta movimentações eleitorais para 2026, mesmo sem ter entrado oficialmente na disputa. De acordo com Silvye Alves, prefeitos já estão fechando alianças com adversários e, em muitos casos, isso envolve a compra de apoio.

“Chego na cidade e digo: ‘Mandei um recurso para o senhor aqui. Como faço para o senhor me ajudar na minha reeleição?’. E a resposta que recebo é: ‘Ô minha filha, Já estou com fulano’”, relatou. Sylvie Alves afirmou que se choca ao ver eleitores vendendo votos por quantias que variam de R$ 300 a R$ 500, e criticou essa prática ao alertar para os impactos disso na vida da população. “Uma UTI para uma criança custa R$ 10 mil. Se seu filho precisar hoje, os seus R$ 300 não valerão nada. Se você vendeu seu voto, não pode cobrar do político. Ele já pagou pelo apoio”, desabafou.