Silvye quer levar Felca à Câmara para destravar projeto contra abuso infantil
A deputada federal Silvye Alves (União Brasil-GO) protocolou um pedido de audiência pública na Comissão…
A deputada federal Silvye Alves (União Brasil-GO) protocolou um pedido de audiência pública na Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados para discutir a denúncia feita pelo youtuber Felipe Bressanim Pereira, o Felca, sobre casos de adultização, sexualização precoce e exploração de crianças e adolescentes na internet com fins lucrativos. O requerimento deve ser votado nesta quarta-feira (13), em Brasília.
O convite para a audiência inclui o próprio Felca, representantes do Ministério da Justiça, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e do Instituto Alana, referência na defesa dos direitos da infância. A intenção é dar visibilidade ao Projeto de Lei 2514/2015, originado na CPI da Pedofilia do Senado e parado na comissão há anos.
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Silvye é relatora da proposta desde 2023 e afirma enfrentar resistência interna para levar o texto à votação. “É hora de agir para proteger nossas crianças da pedofilia”, declarou. Em desabafo recente nas redes sociais, a parlamentar questionou. “Infelizmente, alguns deputados impediram a votação desse projeto. Eu faço uma pergunta: Por que eles fizeram isso? Eles são a favor da pedofilia? É isso mesmo?”.
A mobilização ganhou força após a publicação do vídeo de Felca no último dia 6. Na produção, ele acusa o influenciador paraibano Hytalo Santos de explorar sexualmente a imagem da influenciadora Kamyla Santos, de 17 anos, desde que ela tinha 12.
Após a repercussão, Hytalo e Kamyla removeram seus perfis no Instagram. A publicação reacendeu o debate sobre a necessidade de regulamentação e punições mais duras para conteúdos que envolvem menores em situações sexualizadas.
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O Ministério Público da Paraíba confirmou que já investiga Hytalo desde 2024 por suspeita de exploração de menores e que também apura a conduta dos pais das crianças e adolescentes envolvidos. Caso as denúncias sejam comprovadas, os acusados podem responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que a discussão sobre a sexualização de menores será prioridade na pauta desta semana.