COLUNA DO JOÃO BOSCO BITTENCOURT

Siron Franco doa obra sobre 8 de janeiro para acervo do STF

Trabalho já está exposta no museu da suprema corte

Uma obra do artista goiano Siron Franco, reconhecido mundialmente, passa a integrar o patrimônio do acervo artístico do Supremo Tribunal Federal (STF). A peça, denominada “Brasília, 8 de janeiro de 2023”, foi entregue pelo pintor à então presidente Rosa Weber, na segunda-feira (25). 

O trabalho consiste num carpete com marcas de pés e destruição. Segundo Siron, é uma alusão à data em que a sede do Supremo foi invadida por vândalos que vandalizaram o patrimônio público. A inspiração surgiu enquanto ele assistia à “barbárie” pela televisão e representa uma espécie de diário da República, conta o artista. 

“É um episódio recente que já faz parte da história do Brasil, e, por isso, eu queria que ficasse aqui (no STF), e não em um museu qualquer”, explica ele. 

“Veio a mim a lembrança da visão do chão, encharcado, cheio de cacos de vidros e pedras”, disse Rosa Weber. 

O ministro Gilmar Mendes destacou a importância de Siron Franco como artista reconhecido nacional e internacionalmente por obras marcadas por críticas sociais e políticas. “Os fatos ocorridos no Dia da Infâmia devem ficar gravados na memória da Suprema Corte”, disse Mendes, ao comentar a importância do gesto do artista.