Sob críticas, Mabel sai em defesa de parcerias com OSCs na educação infantil
O prefeito também partiu para cima de parte do funcionalismo público
O prefeito Sandro Mabel (União Brasil), ao seu estilo característico de comunicação, adotou um tom duro para defender o modelo de parcerias com Organizações da Sociedade Civil (OSCs) na educação infantil e rebater insatisfações de professores e vereadores da oposição que têm questionado o método. A estratégia, de acordo com ele, em entrevista exclusiva ao Mais Goiás, é o motivo pelo qual Goiânia eliminou o déficit de 10 mil vagas nas escolas e Cmeis.
“Tem alguma reclamação de menino que está fora da escola? Não tem. Tinha 10 mil fora. Eu só consegui colocar os 10 mil meninos na escola porque nós somos gestores”, afirmou.
Ele relata que situações imprevistas, como a inauguração de um conjunto habitacional no Itaipu com 1.400 crianças, exigem reação imediata. “Não dá tempo de construir Cmei, contratar e fazer concurso. Tenho que ter condição de agir rápido”, frisou.
Mabel também aproveitou para criticar gestões anteriores, citando a promessa de construção de 30 Cmeis que não se concretizou na administração de Rogério Cruz (Solidariedade).
“Construiu algum? Nenhum. Tem Cmeis em lugares que não precisam. A cidade muda”, disse. O prefeito sustenta que a prioridade é atender famílias que precisam colocar os filhos na escola para poder trabalhar. “O que importa é nenhum menino fora da escola”.
O prefeito também partiu para cima de parte do funcionalismo. “Tem muito de licença fajuta. Acabou a festa nessa prefeitura. Agora é profissional. Mudou o gerente”, declarou, em referência a si próprio. De acordo com Mabel, a resistência de alguns servidores é esperada. “Eu tenho que pensar em quem está na ponta. O pai e a mãe estão satisfeitos. Você não vê menino fora da escola. Tem alguns casos pontuais aí que vamos resolver”, salientou.
Nem mesmo a junta que realizava perícias e exames médicos foi poupada. A troca pela equipe médica do Sesi-Senai também gerou fortes críticas por parte dos trabalhadores da educação e da oposição na Câmara. “Lógico que não gostaram. Tinha muita licença fajuta. Acabou a festa nessa prefeitura. Agora é profissional. Mudou o gerente”, disparou.
A medida, entretanto, rendeu reação na Câmara com a bancada do PT acionando a Justiça contra a medida. Apesar de polêmico, Mabel não demonstra receio de sofrer derrotas políticas, nem no legislativo, nem no judiciário. “Se eu perder qualquer matéria na Câmara, não tem problema. Nunca vou mandar para beneficiar a mim ou amigo meu”, disse, em recado à base e à oposição.