Tarcísio critica ‘falta de vontade’ do governo Lula na segurança pública
Em encontro do Consórcio Sul e Sudeste (Cosud), Tarcísio também disse que a discussão do tema será 'central' nas eleições do ano que vem
(O Globo) O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou a “falta de vontade” do governo Lula (PT) em tratar temas de segurança pública e afirmou que medidas só são propostas após “algum evento ou pesquisa”. O comentário foi feito durante o encontro do Consórcio Sul e Sudeste (Cosud), que reúne governadores das duas regiões, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira. Na ocasião, o governador também disse que a discussão do assunto será “central” nas eleições do ano que vem.
— Ao longo do tempo, a gente nota essa falta de vontade, competência e apreço pelo tema [segurança publica]. Isso não é de agora, e sim de muito tempo. Vamos lembrar que o PT governou o Brasil durante muitos anos dessa história recente de redemocratização e tem visto, de fato, com leniência. A reação do governo acontece sempre depois de algum evento ou de alguma pesquisa — disse Tarcísio em coletiva de imprensa na saída do evento.
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Ao ser perguntado sobre o espaço dado ao tema na eleição do ano que vem, Tarcísio afirmou que a discussão será “uma das principais preocupações dos cidadãos, que perguntam quem está apto a resolver esse problema”.
O governador chegou ao evento acompanhado do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que abriu do cargo de secretário de Segurança Publica no estado para retornar à Câmara e relatar o PL Antifacção. A proposta foi comentada por ele em um discurso no evento de hoje. Na ocasião, disse que tirou o trecho que equiparava traficantes a terroristas pela “repercussão ruim”, ameaçando a proposição no Senado e no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Questionado sobre o relatório apresentado pelo senador Alessandro Vieira (MDB), que fez mudanças elogiadas pelo governo, Derrite respondeu que ainda não havia visto as alterações propostas, mas disse que a Câmara não aceitaria “a redução de penas”:
— Eu tenho certeza que os 370 deputados que votaram a favor do projeto não vai aceitar a redução de penas, porque o povo não aguenta mais. — disse. — Infelizmente, o governo federal não enxerga como a maior parte da sociedade gostaria que o Estado enxergasse. Eles tratam o bandido como “coitadinho” e vítima da sociedade, e nos sabemos que não é.
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