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“Todo santo dia vocês eram o alimento da democracia que eu precisava resistir”, diz Lula após ser solto

Após sua soltura, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez primeiro discurso, ainda…

“Todo santo dia vocês eram o alimento da democracia que eu precisava resistir”
“Todo santo dia vocês eram o alimento da democracia que eu precisava resistir”

Após sua soltura, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez primeiro discurso, ainda em Curitiba. “Todo santo dia vocês eram o alimento da democracia que eu precisava resistir à safadeza e a canalhice que um lado podre do Estado brasileiro fez comigo.”

O petista disse, ainda, sob aplausos e gritos de “eu te amo”, que não pensou que um dia poderia estar ali, “conversando com homens e mulheres que durante 580 dias gritavam: ‘Bom dia, Lula; boa tarde, Lula; boa noite, Lula'”.

“Não importava que estivesse chovendo. Todo dia vocês eram o alimento da democracia que eu precisava para resistir à safadeza e à canalhice que um lado podre do Estado brasileiro fez comigo e com o povo brasileiro. Lado podre do Ministério Público, da Polícia Federal, da Receita Federal… Trabalharam para tentar criminalizar a esquerda e o PT.”

O ex-presidente ainda cumprimentou uma série de pessoas em seu discurso, que envolvem dirigentes do partido, advogados e mais. “Eu não poderia ir embora daqui sem cumprimentar vocês.”

O ex-presidente ainda disse que não guarda mágoas dos policiais federais que o prenderam. Mas fez inúmeras menções ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PSL). Ele chegou a afirmar que a eleição de 2018 foi “roubada”, quando citou a presença de Fernando Haddad (PT), que foi o principal adversário do pesselista no último pleito.

Além disso, o petista criticou o atual presidente pelos índices de desemprego. E declarou que o povo merece um governo que não “minta tanto pelo Twitter”. Lula ainda apresentou a namorada, Rosângela da Silva. “Eu consegui a proeza de, preso, arrumar uma namorada e ela aceitar casar comigo”, brincou.

Caso Lula

Lula foi condenado a 8 anos, 10 meses e 20 dias de prisão pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na ação penal do caso do tríplex em Guarujá (SP).

Depois de 580 dias preso, o petista volta às ruas, onde aguarda o fim de todos os recursos de sua condenação, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) – ou seja, o trânsito em julgado.

Na última quinta-feira (7), a corte entendeu, por 6 votos a 5, que não há validade na execução provisória de condenações criminais, ou seja, aqueles presos após a segunda instância. Com isso, todos os condenados desta forma, poderão recorrer a justiça para serem libertados.