BRIGA

‘Vagabundo’: Clécio e Talles protagonizam barraco na Assembleia Legislativa de Goiás

Sessão da Comissão e Constituição e Justiça precisou ser suspensa por 10 minutos

'Vagabundo': Clécio e Talles protagonizam barraco na Assembleia Legislativa de Goiás
'Vagabundo': Clécio e Talles protagonizam barraco na Assembleia Legislativa de Goiás (Foto: Reprodução)

Os deputados Clécio Alves (Republicanos) e Talles Barreto (União Brasil) protagonizaram, nesta quinta-feira (11), um bate-boca na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A briga foi motivada pela prorrogação do estado de calamidade pública na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia por mais 180 dias. Entre as ofensas trocadas, “chato” e “vagabundo”.

Durante a sessão, Clécio se queixou dos deputados votarem pela prorrogação, visto que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) já tinha se manifestado contrário no passado pela medida. Segundo o político, uma matéria apresentada por ele, que suspendia a calamidade, “sentaram em cima”, mas a favorável à manutenção “já votaram”.

“O líder do governo tem a capacidade de dizer: ‘Não, nós não vamos cumprir o que vocês estão pedindo [cita ele e o deputado Antônio Gomide (PT)], porque o presidente da Assembleia mandou que é para aprovar hoje’. (…) Essa Casa está virando uma vergonha nacional. Líder do governo, olhando para mim e dizendo: ‘Não vamos fazer o que você está pedindo, porque o presidente da Casa mandou que é para aprovar o projeto hoje. Mandou’. Tem um acordo, e ele mandou. Que vergonha”, se dirigiu a Talles, que, neste momento, apenas observava.

Em determinado momento, Clécio disse que a base do governo não respeitou a recomendação do TCM e que o deputado Talles, inclusive, queria ir para lá. “Fazendo campanha e tudo. O tribunal que você queria ir disse que não tem calamidade financeira nem na saúde nem no município. Quem falou não fui eu, foi o Tribunal de Contas.”

Nesse momento, Clécio escuta uma conversa do líder do governo e responde. “Que levantando causa à toa? Eu estou com a palavra.” Ao fundo, é possível ouvir Talles dizer que não estava falando com o deputado do Republicanos, mas com um auxiliar. “Mas eu estou conversando com você”, sobe o tom. E o líder responde: “Mas eu não estou conversando com você.”

Nesse momento, os ânimos se alteram. “Você falou uma coisa que não pode, você é funcionário do presidente da Casa”, acusa Clécio. O presidente da CCJ, Amilton Filho (MDB), tenta intervir e pedir calma, mas sem sucesso. Talles diz que o colega de Assembleia é chato, que rebate com a mesma ofensa. A situação escala, contudo, quando Alves afirma que o líder do governo está “defendendo um prefeito vagabundo”. Barreto reage na hora: “Vagabundo é você.”

Eles se levantam, ameaçam ir para cima um do outro e continuam as ofensas. Nesse momento, Amilton suspende a sessão por dez minutos.