Vanderlan diz que Gayer mente sobre processo no STF
“Imunidade não é licença para crime”, afirma senador ao responder deputado
O senador Vanderlan Cardoso (PSD) respondeu nesta terça-feira (2) às acusações feitas pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL), que afirmou, em vídeo, estar prestes a ser cassado e preso por ter chamado o senador de “vagabundo“. Em publicação nas redes sociais, Vanderlan negou qualquer relação com o ministro Alexandre de Moraes e chamou Gayer de “mentiroso”.
“Deputado Gustavo Gayer, mais uma vez me atacando em suas redes sociais. Como sempre, com mentira, difamação, inventando calúnias, desinformação mesmo. Aliás, só trabalha nesse sentido”, disse o senador em vídeo publicado no início da tarde.
Vanderlan exibiu trechos de uma reportagem que aponta Gayer como um dos maiores produtores de fake news durante a pandemia. “O segundo colocado foi o goiano Gustavo Gayer […] Ele lucrou R$ 40 mil com notícias falsas”, cita a reportagem reproduzida no vídeo.
O senador também refutou a acusação de que teria proximidade com Alexandre de Moraes, responsável pela ação penal contra Gayer no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu fui um dos primeiros a assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes ainda no ano passado”, disse, exibindo imagem da assinatura. “E só não apareço nessa nova lista porque estou de licença. Meu suplente, Pedro Chaves, também assinou.”
Sobre a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan afirmou que o cargo já estava previsto para o PSD e que ele era o vice no mandato anterior. “Na próxima legislatura, eu ia ser o presidente. Isso foi dito ao próprio Gayer, quando ele pediu para conversar comigo pessoalmente na minha empresa.”
Vanderlan finalizou com críticas ao comportamento do deputado. “O senhor usa a imunidade parlamentar para falar o que quiser, mas imunidade não é autorização para cometer crimes. Que sirva de exemplo para que mude de vida. Que tenha mais caráter para tratar a política, que eu levo muito a sério”, disparou.
O processo no STF contra Gustavo Gayer segue sob relatoria de Alexandre de Moraes e trata das declarações feitas contra Vanderlan Cardoso em 2023, após a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado.