Veja bastidores da saída prematura de Carlos Wizard do governo
Posse do empresário em cargo do Ministério da Saúde inviabilizou em função de declarações desastrosas que ele deu
O peixe morreu pela boca. É essa a avaliação de interlocutores do Palácio do Planalto sobre a desistência de Carlos Wizard de assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos do Ministério da Saúde.
Na avaliação de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, o “erro” que impossibilitou que o empresário fosse empossado nesta segunda-feira (8), como estava planejado, foi a crítica direta que o empresário fez a municípios e estados sobre registros irregulares de mortes, e não a afirmação de que o governo faria a recontagem de mortos pela Covid-19, como mostrou a coluna. O Brasil já contabiliza mais de 37.312 vítimas pela doença.
Wizard disse na sexta-feira (5) que “tinha muita gente morrendo por outras causas e os gestores públicos, puramente por interesse de ter um orçamento maior nos seus municípios, nos seus estados, colocavam todo mundo como Covid. Estamos revendo esses óbitos”.
No sábado, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota em repúdio a declarações de Wizard e disse que ele tentava deixar “invisíveis” as vítimas da Covid-19.