Stay Dead: goiano desenvolve jogo de zumbis e sobrevivência
Ele é projeto independente de Guilherme Martins com equipe no Brasil e no Canadá feito em parceria com a Amazon
A escolha de dar a cara a tapa e investir tempo e dinheiro em um jogo independente nunca é fácil. É por isso que o game designer Guilherme Martins parece na mesma medida empolgado e aliviado ao mover o seu projeto atual, Stay Dead, para a fase alfa.
Através de seu estúdio independente, a 1% Games, Martins está trabalhando com uma equipe de dois programadores, um animador, dois artistas 3D e um designer de UI com gente de Goiânia, São Paulo, Minas Gerais e até de Montreal, no Canadá.
Martins, que atualmente ministra curso de game design no Culturama em Goiânia, já traz no currículo seis anos de experiência no estúdio canadense Nuare e uma passagem pela Ubisoft em Barcelona. Stay Dead é seu primeiro projeto autoral independente.
Stay Dead será um jogo de stealth e sobrevivência, pago e com micro transações internas em que o jogador terá uma série de missões em diversos mapas. O objetivo dessas missões é coletar suprimentos espalhados pelos mapas. Estes suprimentos fazem parte de um sistema de pontos que ser trocados por melhorias do personagem, armas, kits de saúde etc.
Só que o jogador terá que fazer isso em mapas infestados de zumbis e terá que prestar atenção no barulho que faz para tentar passar despercebido e não virar jantar de monstro. Se o jogador estourar o seu medidor, TODOS os zumbis do mapa serão atraídos.
O game terá modo para um jogador de um contra todos e também um modo multiplayer em equipes de 5 contra 5. Como pegar recursos e escapar dos zumbis é fundamental, o trabalho em equipe se torna fundamental no mundo multiplayer, tanto para captar recursos quanto para tentar jogar os monstros contra o adversário.
Mas tem algo mais: “O interessante é que os jogadores poderão customizar seus personagens e jogar conforme essas modificações em todos os modos, criando uma identidade própria para cada personagem”, conta Martins. Para incentivar a competição e a coleta de itens, o jogo terá um sistema ranqueado: “O jogador que conseguir atingir o maior numero de missões completadas fica em primeiro no ranking e semanalmente o há uma premiado para o melhores colocados no ranking, como skins e suprimentos”.
O financiamento está vindo de uma parceria firmada com a Amazon: a gigante varejista está dando uma força, mas parte do dinheiro ainda vem do bolso de Martins. “Temos uma parceira com a Amazon, através dos serviços da AWS e Gamelift, sua linha de serviços voltada para indústria de games. Eles tem uma divisão de games em que nós somos Estudo de Caso deles a nível internacional. E no Brasil somos o principal case deles, o Stay Dead é apresentado em todas as palestras sobre games feitas pela Amazon aqui no Brasil”.
Segundo Martins, o beta fechado do jogo deverá ser liberado em novembro com previsão de lançamento para fevereiro de 2018.
Daqui pra lá, o desenvolvedor goiano ainda está em busca de novos investidores que queiram ajudar um game made in Goiânia decolar: “Fora essa parceira, estamos à procura de investidores, pois todo financiamento vem dos meus recursos próprios”.