PODER EM JOGO

PL recua de recurso no TSE após apelo direto de Caiado, diz Fred Rodrigues

A decisão foi costurada nos bastidores por lideranças como o senador Wilder Morais (PL), Fred Rodrigues e o próprio Caiado

Fred Rodrigues, vice-presidente do PL em Goiás, desiste de ação contra o governador Ronaldo Caiado (Foto: Divulgação)

O ex-candidato à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), afirmou ao Mais Goiás que a decisão do diretório estadual do Partido Liberal de não recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa do prefeito Sandro Mabel (UB) e a inelegibilidade do governador Ronaldo Caiado (UB) foi tomada após um pedido direto do chefe do Executivo goiano. O partido havia movido ação por abuso de poder político nas eleições de 2024, julgada improcedente pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) no último dia 8.

“Ontem tive uma reunião com o governador à noite para tratarmos deste assunto. O PL tem hoje como sua prioridade número 1 a anistia humanitária para os presos do 8 de Janeiro”, afirmou Fred. “O governador fez um pedido para que não recorrêssemos da decisão do TRE e, diante do cenário atual no Brasil, o PL decidiu que a melhor opção é focar a energia em outras batalhas.”

A decisão foi costurada nos bastidores por lideranças como o senador Wilder Morais (PL), Fred Rodrigues e o próprio Caiado. Embora represente um gesto de distensão entre União Brasil e PL, Fred negou qualquer acordo para composição política em 2026. “A atuação do PL continuará independente. Nosso candidato a presidente é o Bolsonaro, temos o Wilder como pré-candidato a governador e o Gayer como pré-candidato ao Senado”, afirmou.

Fred também destacou, que mesmo abrindo mão da ação, continuará com uma postura oposicionista ante ao prefeito Sandro Mabel, diretamente afetado pela ação. “Minha atuação será sempre pelo bem de Goiânia, de modo que continuarei crítico de qualquer ação que se desvie das minhas convicções. Saliento que não pedi e não terei nenhuma posição ou cargo no Governo Estadual ou na Prefeitura.”

A desistência do recurso, segundo o ex-candidato, foi uma decisão estritamente estratégica e não significa uma aliança para as eleições do próximo ano. “Ficou claro que continuar essa disputa em nível nacional causaria mais prejuízos do que benefícios aos patriotas que estão sofrendo injustamente nas prisões, tirando o foco do nosso objetivo maior, que é o de colocar Bolsonaro na Presidência em 2026.”