Ação criminosa em Araçatuba termina com morte por filmagem e vítima com pés amputados

A ação criminosa em Araçatuba (SP) terminou com três mortes e quatro feridos, segundo informações da Polícia Civil de São Paulo. Uma das vítimas fatais foi morta enquanto filmava a movimentação dos assaltantes.

Um dos feridos teve os pés amputados após explosão de bombas espalhadas em 20 pontos da cidade. Várias agências bancárias foram invadidas pelos bandidos, que fizeram até escudo humano para evitar prisões.

Baleado enquanto filmava

Segundo a Polícia Civil, a suspeita é que a vítima, Renato Bortolucci, que é proprietário de um posto de combustíveis da cidade, filmava a ação dos criminosos quando foi atingido pelos disparos. Ele deixa esposa e duas filhas.

Os policiais acreditam que ele foi surpreendido pelos criminosos em um carro, pois o veículo dele foi encontrado sobre a calçada e com a marcha ré engatada. Além dele, a outra vítima morta foi identificada como Márcio Victor. O terceiro morto é um dos criminosos.

Feridos após ação criminosa em Araçatuba

De acordo com a Santa Casa de Araçatuba, quatro pessoas feridas foram levadas para o hospital. Veja a situação de cada uma:

• Homem de 28  anos: foi baleado no abdômen e segue em atendimento e avaliações. O projétil não alojou e seu quadro clínico é considerado estável;
• Homem de 31 anos: beleado na face e braços. Ele encontra-se intubado, com o quadro clínico grave, porém estável;
• Homem de 38 anos: foi baleado nas pernas, braços e cabeça (raspão). Ele também foi intubado, mas o seu quadro clínico grave, porém estável

Pés amputados após explosão

A outra vítima, de apenas 25 anos, teve os dois pés amputados após detonação de um dos explosivos. Ele passou por cirurgia e encontra-se intubado. Ele estava em uma bicicleta quando foi atingido.

Segundo a Polícia Militar (PM), os artefatos possuem um tipo de sensor e são ativados com a aproximação de pessoas. Nenhum policial deu entrada com ferimentos.

Ataque em Araçatuba

Pedestres e motoristas foram abordados pela quadrilha e feitos reféns na hora da fuga. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram reféns sentados no meio da rua, andando a pé e amarrados em tetos de carros, como escudos humanos.

A exemplo do que aconteceu em outros ataques semelhantes, a quadrilha atirou para cima, usou explosivos e colocou fogo em veículos para dificultar o acesso dos policiais.

Rodovias foram bloqueadas e motoristas tiveram dificuldade de acesso à cidade. Além disso, o grupo utilizou um drone para monitorar a movimentação.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou que o grupo se beneficiou de informação privilegiada para executar a ação.

“Precisamos trabalhar melhor a informação com os bancos e com a área federal. Ali era uma tesouraria do banco, uma central de distribuição de recursos do Banco do Brasil. É mais uma ação com informação privilegiada, e as investigações já estão andando para chegar aos autores”, afirmou.