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Atraso no subsídio do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia chega a R$ 106 milhões

Novos gestores se comprometem a regularizar a questão; Caiado fala em cofres "assaltados" por antigas administrações

Ônibus transporte coletivo Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa)
Ônibus transporte coletivo Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa)

O atraso no subsídio do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia ultrapassa mais de R$ 106 milhões. Os novos gestores dos municípios prometem regularizar a situação ainda este ano. Tanto o prefeito da capital, Sandro Mabel (UB), como o de Aparecida, Leandro Vilela (MDB), destacaram ao Mais Goiás, que esforços já estão sendo realizados neste primeiro bimestre de suas administrações para sanar a dívida e evitar prejuízos à população usuária do transporte público.

Questionado pelo reportagem, o governador Ronaldo Caiado (UB) elogiou os esforços dos novos prefeitos e criticou as antigas administrações, destacando a situação precária das contas públicas herdadas. “As prefeituras foram assaltadas, dilapidadas, mas confio que Sandro Mabel e Leandro Vilela irão recuperar as finanças municipais. Eles são competentes e capazes de governar, quitar seus compromissos e aplicar o dinheiro público corretamente”, afirmou Caiado.

De acordo com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Goiânia possui o maior débito, somando R$ 61 milhões em atrasos. Aparecida de Goiânia deve R$ 26 milhões, enquanto os outros municípios da região metropolitana acumulam juntos R$ 19 milhões em dívidas relacionadas ao subsídio do transporte.

No total, são R$ 106 milhões em atrasos. O presidente da CMTC, Murilo Ulhôa chegou a confirmar que o sistema pode ficar asfixiado com a medida, mas está confiante que a situação seja normalizada, diante dos esforços dos novos gestores em regularizar o problema. O subsídio do transporte coletivo da Região Metropolitana é importante pois é ele quem banca a tarifa de remuneração do serviço e permite o congelamento do valor pago pelo usuário a R$ 4,30.

O prefeito Sandro Mabel garantiu que Goiânia já começou a regularizar os pagamentos. Segundo ele, o subsídio mensal de R$ 22 milhões será quitado pontualmente a partir deste mês, enquanto os débitos acumulados pela gestão anterior serão pagos em 12 parcelas ao longo do ano.

“Os atrasos foram deixados pelo prefeito anterior, mas nós vamos pagar. É uma medida importante para beneficiar o usuário e garantir que o transporte público continue acessível. Honrar nossos compromissos faz parte da nossa responsabilidade com a cidade”, declarou Mabel.

Em Aparecida de Goiânia, o prefeito Leandro Vilela destacou que o município começará a pagar as parcelas em dia já em fevereiro. Ele também prometeu esforços para regularizar o débito herdado pela administração anterior.

“A partir de fevereiro, vamos pagar a parcela do subsídio para evitar que o trabalhador de Aparecida seja penalizado com uma tarifa de R$ 9,30. Vamos manter a tarifa em R$ 4,30, mas isso só é possível pagando em dia e corrigindo o que ficou para trás”, explicou Vilela. 

O prefeito também mencionou outras ações de sua gestão para equilibrar as finanças municipais, como a renegociação de contratos, a redução de cargos comissionados e o corte de gastos desnecessários. “Estamos cortando na própria carne para honrar os compromissos. É assim que se governa com responsabilidade”, acrescentou.