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Auditores fiscais reduzirão atividades em reivindicação a salários atrasados

Durante assembleia de auditores-fiscais realizada nesta terça-feria (26), a categoria decidiu reduzir a produtividade a…

Durante assembleia de auditores-fiscais realizada nesta terça-feria (26), a categoria decidiu reduzir a produtividade a partir do próximo dia 11 de março. A decisão seria uma forma de reivindicar o pagamento dos salários de dezembro da categoria. De acordo com o presidente do Sindicato dos Funcionários do Fisco de Estado de Goiás (Sindifisco), Paulo Sérgio Carmo, a redução ocasionará um impacto negativo de R$ 40 a 80 milhões ao Estado.

Os serviços de participações fiscais como blitzes, apreensões e visitas in loco estarão paralisados, segundo Paulo Sérgio. A elaboração e execução de malhas e rotinas fiscais que ajudam na detecção de sonegações fiscais também serão atingidas. “Vamos realizar os atendimentos de acordo com a porcentagem que está previsto em lei (30%). Todos estão insatisfeitos com os atrasos dos salários e como estamos sendo tratados. Vamos lutar para que essa situação não se repita mais”, destaca o presidente.

Segundo o presidente, o pagamento dos servidores nos meses trabalhados está em risco, pois a arrecadação de meses como fevereiro e março é baixa, o que impacta na utilização do fluxo de caixa de meses posteriores. Além disso, Paulo Sérgio afirma que as decisões tomadas até o momento não surtiram efeitos para a situação do Estado.

“Somos os profissionais que ajudam o Estado a sair dessa situação, mas a única resposta é que estão buscando recurso em Brasília. Porém, o Ministro Paulo Guedes tem que cuidar de outras 25 unidades federativas mais o Distrito Federal. Essas ações não estão sendo suficientes. Sempre um mês vai ser usado para pagar o outro e assim subsequente. E eu te pergunto: até quando?”, explica.

Paulo ressalta que a Secretaria do Estado de Economia está “abandonada”. Segundo ele, assuntos que eram resolvidos em questões de minutos agora demoram horas para serem finalizados. “Todo o cenário da administração da Secretaria está desagradando a todos. Não temos um rotina administrativa definida, com isso, todos os processos que eram simples, estão enrolados para serem resolvidos”, afirma.

Recentemente, o Sindicato realizou um plano de ação emergencial que resultaria em um acréscimo de R$ 8 bilhões em dois anos no tesouro estadual. Porém, segundo Paulo Sérgio, as ações foram contestadas pela pasta e o resultado que tiveram foi que, com a implantação, a arrecadação não ultrapassaria a cifra de R$ 2,5 milhões.

O Mais Goiás entrou em contato com a Secretaria de Estado de Economia. Por meio de nota, ela alegou que não irá se manisfestar sobre as declarações do Sindifisco, mas afirmou que o pagamento referente ao mês de fevereiro teve início  nesta segunda (25). Ainda conforme o texto, os servidores que ganham até R$ 10,8 mil receberão até nesta quinta-feira (28). Para quem recebe acima desse valor, a pasta informou que os salários serão quitados até o dia 8 de março.

Sobre o plano de ação, a Secretaria afirmou que duas propostas foi tidas como viáveis para breve aplicação pela titular, Cristiane Schmidt, mas que articulações seriam necessárias para as implantações. Assim como outras duas não teriam viabilização imediata, mas que, a partir de 2020, poderão ser discutidas.