CRIME

Confirmação de corpo que pode ser de pedagoga deve ser feito por meio de exame de DNA; marido dela segue foragido

Douglas José de Jesus, de 46 anos, é o principal suspeito pela morte da esposa, segundo a PC. Ele é procurado há mais de 40 dias

Condição do corpo dificulta saber como foi o crime, diz advogada da família de mulher desaparecida em Goianira
Condição do corpo dificulta saber como foi o crime, diz advogada da família de mulher desaparecida em Goianira (Divulgação/PCGO)

A Policia Técnico Científica acredita que somente exames de DNA poderão comprovar que o corpo encontrado na tarde de segunda-feira (22), em uma mata às margens da GO 469, em Abadia de Goiás, são mesmo da pedagoga Fábia Cristina Santos, de 43 anos, que desapareceu há 40 dias junto com o marido Douglas José de Jesus, de 46. O homem é o principal suspeito pela morte da esposa e está foragido.


“Inicialmente, nós tentaremos fazer essa comparação, após recebermos os laudos emitidos por dentistas à família da Fábia, pela arcada dentária. Mas como o corpo já está em avançado estado de decomposição, na fase esquelética, o mais provável é que isso só será possível através do exame de DNA”, descreveu o superintendente adjunto de Polícia Técnico Científica, Antônio Carlos de Machado Chaves.


Os restos mortais foram encontrados por um chacareiro ao lado do veículo modelo Ford Fiesta pertencente à pedagoga. O carro foi flagrado por um radar de velocidade no dia do desaparecimento do casal, em nove de março, em uma rodovia federal, perto do local onde foi localizado.


A Polícia Civil agora trabalha no sentido de localizar Douglas José de Jesus, que, descobriu-se após o desaparecimento, vivia há mais de 20 anos com documentos falsos, em nome de Wander, já que era procurado por um duplo homicídio, ocorrido em Quirinópolis, na região sudoeste de Goiás, no ano de 1996. Nem mesmo os filhos do casal, segundo apurou a polícia, sabiam que o nome dele era Douglas.

Pedido de socorro

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que, na tarde do dia nove de março, a pedagoga enviou duas mensagens pedindo socorro ao filho mais velho. Um dos textos foi apagado, mas o outro dizia “me ajuda”.


Após o desaparecimento, familiares de Fábia também descobriram, após conseguirem acesso ao e-mail dela, que a pedagoga havia sido agredida, recentemente, e amarrada com fios pelo marido.

“Localizar e prender o Douglas agora é questão de honra para nós, e vamos encontra-lo, onde quer que ele esteja”, afirmou a delegada Carla de Bem, titular da Delegacia de Goianira, e responsável pelas investigações.


A PC decidiu divulgar a imagem de Douglas, que agora tem três mandados de prisão em aberto, para que, caso alguém saiba onde ele se encontra, que faça a denuncia, mesmo que de forma anônima. O telefone para denúncias é o 197.