CONGRESSO

CPI das Bets rejeita relatório que pedia indiciamento de Virgínia e Deolane

Virginia e Deolane Bezerra cometeram estelionato e outros crimes, na visão da relatora da CPI das Bets, Soraya Thronicke

Influenciadora Virgínia Fonseca abraça senadores da CPI das Bets (Foto: Senado)

Terminou em pizza a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada no Senado para investigar os sites de apostas esportivas, conhecidas como bets. Nesta quinta-feira (12), integrantes da CPI rejeitaram o relatório da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que sugeria o indiciamento de 16 pessoas, entre elas as influenciadoras digitais Virgínia Fonseca (por estelionato e propaganda enganosa) e Deolane Bezerra (por estelionato, exploração não autorizada de jogos de azar, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa).

É a primeira vez em dez anos que uma CPI do Senado termina sem ter um relatório aprovado. Os outros indiciamentos que a relatora pedia eram de Adélia Jesus Soares (advogada de Deolane), Daniel Pardim Soares (por lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e falso testemunho perante a CPI).

Thronicke afirma que influenciadores digitais praticam estelionato ao “simular apostar valores altos quando, na verdade, utilizam contas simuladas, subsidiadas pelas próprias plataformas, com a intenção de induzir seguidores ao jogo com falsas promessas de ganho fácil”. Trata-se das chamadas contas de demonstração.

Com o total de 21 reuniões, a CPI escutou 19 pessoas. Isso representa pouco mais de 10% do total de depoimentos aprovados. Além disso, em diversas ocasiões os integrantes do colegiado foram surpreendidos com a ausência dos convocados: seis pessoas não apareceram para depor. 

A comissão ainda analisou 192 requerimentos de informações sigilosas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), dos quais metade foi aprovada. Em resposta aos requerimentos, o Coaf enviou 63 documentos à comissão até o início de junho.

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