Chuva

Defesa civil alerta para alto risco de deslizamento em Petrópolis

Meteorologistas alertam que as chuvas devem continuar em Petrópolis, pelo menos até a próxima quarta-feira,…

Meteorologistas alertam que as chuvas devem continuar em Petrópolis, pelo menos até a próxima quarta-feira, dia 23. A previsão ainda cita possíveis alagamentos e, devido ao solo mais úmido, riscos de deslizamentos de terra.

Como consequência do temporal que atingiu a cidade serrana nesse domingo, a Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros confirmaram ao menos cinco mortos e quatro desaparecidos, segundo publicou o site G1.

A chuva começou por volta das 13h. Duas horas depois, a Defesa Civil já tinha disparado a segunda sirene. O alarme sonoro significa um alerta para a população e moradores de área de risco são orientados a abandonarem suas casas para procurarem locais seguros.

Segundo novo boletim, a Secretaria de Assistência Social atua em conjunto no atendimento a 149 pessoas que estão acolhidas em pontos de apoio no Morin, Vila Felipe, Sargento Boening, Alto da Serra, São Sebastião, Amazonas, Independência e Quitandinha. Há 19 pontos como esses espalhados pela cidade, que costumam servir como alternativa.

Os maiores registros pluviométricos foram registrados no São Sebastião com 371.2 milímetros; no Dr. Thouzet, com 314,8; e no Vila Felipe, com 307 milímetros nas últimas 12 horas. Nas redes sociais, moradores registraram diversos pontos de enchentes, que já causavam estragos, com objetos boiando, sendo levados pelas águas.

Carros tentaram sair de ruas inundadas e a Defesa civil bloqueou algumas vias. A Rua Coronel Veiga foi uma delas. Em determinado momento, moradores auxiliaram um pedestre que era levado pela correnteza.

— Infelizmente, o caso é semelhante ao que vimos em fevereiro. Mais uma vez, Petrópolis acumula um grande volume de chuvas em um curto espaço de tempo. Para se ter uma ideia, o Cemaden (Centro nacional de monitoramento e alertas de desastres naturais) detectou 118 milímetros em menos de uma hora. Isso equivale, praticamente, metade da média de chuva prevista para todo o mês de março”, disse César Lopes, meteorologista, em entrevista à Globo News.

“Que estamos prevendo aos longos dos próximos dias, pelo menos até quarta-feira, indica uma condição simlar ao que ocorreu em fevereiro, infelizmente. Ainda há previsão demais alagamentos e risco, com esse solo mais úmido, de deslizamentos de terra”, completou.

O Cemadem e a Defesa civil seguem monitorando, 24 horas por dia, as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos no território fluminense, enviando alertas, para as regiões, em caso de riscos de deslizamentos ou inundações.

A chegada das chuvas está relacionado ao deslocamento de uma frente fria sobre a região sudeste. A cidade do Rio, por exemplo, entrou em “estágio de mobilização”, pelo Alerta Rio, também neste domingo, por volta das 15h30. Chuvas moderadas e fortes atingiram pontos isolados. Este é o segundo nível, em uma escala de cinco, que significa que riscos de ocorrências de alto impacto na cidade. O tempo instável permanecerá na primeira semana do outono.