Doenças crônicas e longevidade: Estudo responde se tomar café sem açúcar é saudável
Pesquisas recentes analisaram a bebida amada pelos brasileiros
O debate sobre hábitos alimentares saudáveis vem ganhando cada vez mais força nos últimos anos — e um dos pontos que mais desperta curiosidade é se tomar café sem açúcar realmente faz bem para a saúde. Pesquisas recentes analisadas por universidades americanas voltam a apontar que a bebida, consumida regularmente, pode estar associada a uma série de benefícios, especialmente quando ingerida pura, sem adoçantes ou aditivos calóricos.
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Estudos revisados indicam que o café sem açúcar é o mais recomendado para quem busca melhorar a saúde de forma simples e cotidiana. Por ser baixo em calorias, ele pode auxiliar no emagrecimento, além de estar ligado a ganhos cognitivos e a uma menor taxa de mortalidade entre consumidores frequentes.
O possível efeito protetor da bebida está relacionado não apenas à cafeína, mas também à presença de compostos antioxidantes. De acordo com pesquisas da Johns Hopkins, pessoas que consomem café regularmente têm menos probabilidade de morrer por doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, AVC e problemas renais.
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Um estudo da Universidade Tufts, nos EUA, também reforça que beber café está associado a um risco menor de mortalidade por todas as causas — desde que a ingestão seja feita na quantidade adequada.
Os benefícios de tomar café sem açúcar
Maior longevidade
A revista científica The Journal of Nutrition mostrou que consumir de 1 a 2 xícaras diárias está ligado a um risco reduzido de morte em comparação com quem não toma café. Esse efeito positivo foi especialmente observado entre quem bebe café preto sem açúcar, excluindo versões com gordura ou misturadas a açúcar, como cappuccino e mocaccino.
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Menor risco de falência cardíaca
Pesquisas indicam que o café pode ajudar a prevenir obstruções arteriais, uma das principais causas de mortes cardiovasculares, como o AVC.
Prevenção de doenças neurodegenerativas
Consumir uma ou duas xícaras por dia pode reduzir a incidência de Parkinson e contribuir para o controle dos movimentos afetados pela doença.
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Proteção ao fígado
Segundo estudos da Johns Hopkins, tanto o café com cafeína quanto o descafeinado ajudam a manter níveis saudáveis de enzimas hepáticas, essenciais para o metabolismo e para processos de desintoxicação do organismo.
Proteção do DNA e redução de cânceres
O consumo diário de café pode reduzir a ruptura de DNA, processo que contribui para o desenvolvimento de câncer de mama, ovário, colorretal e sarcomas.
Redução do risco de Alzheimer
Duas xícaras de café por dia podem oferecer proteção significativa contra o Alzheimer, especialmente em mulheres acima de 65 anos. Pesquisadores observaram menor probabilidade de demência entre as que consumiam de duas a três xícaras diariamente.
Limites e cuidados
As diretrizes alimentares americanas sugerem que a maioria das pessoas pode consumir até cinco xícaras por dia (cerca de 400 mg de cafeína) com segurança. Acima disso, podem surgir efeitos indesejados, como ansiedade, insônia e aumento da frequência cardíaca.
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Mulheres grávidas ou em fase de amamentação devem buscar orientação médica antes de incluir cafeína na rotina. Já pessoas sensíveis à substância podem reduzir a quantidade ou optar por versões descafeinadas sem perder alguns benefícios.
Por fim, especialistas alertam que ingredientes adicionados — como açúcar, chocolate e leite integral — podem diminuir os efeitos positivos associados ao café sem açúcar, que continua sendo a versão mais recomendada por quem estuda o impacto da bebida na saúde.