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Governo cogita estender auxílio emergencial até dezembro

Integrantes do governo já cogitam a necessidade de ampliar o auxílio emergencial até dezembro deste…

Caixa faz hoje pagamentos diferentes da ajuda de R$ 600; veja quem recebe
A Caixa realiza nesta sexta-feira (14) o depósito de uma nova parcela do auxílio emergencial de R$ 600. Aniversariantes de agosto recebem via poupança digital a 4ª, a 3ª, a 2ª ou a 1ª parcela, conforme a data em que tiveram o cadastro aprovado.

Integrantes do governo já cogitam a necessidade de ampliar o auxílio emergencial até dezembro deste ano, diante das incertezas em relação à duração dos efeitos da pandemia. Mas, segundo auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, o valor das parcelas adicionais teria de ser inferior aos atuais R$ 600, diante da falta de recursos no orçamento.

O auxílio é pago a trabalhadores informais e MEIs que perderam renda com a pandemia e beneficiários do Bolsa Família. Uma das ideias do governo seria pagar mais três parcelas extras a essas pessoas no valor de R$ 200, em outubro, novembro e dezembro. Este é o valor médio do Bolsa Família.

Contudo, para reduzir o valor do auxílio será preciso aprovar a mudança no Congresso Nacional. O Executivo pode prorrogar por conta própria apenas se o valor de R$ 600 mensais for mantido.

Criado em abril, o benefício seria pago neste valor por três meses, gerando impacto nas contas públicas de R$ 151,5 bilhões. Mas, diante da persistência da crise e pressões do Congresso, o governo acabou ampliando o benefício por mais dois meses (agosto e setembro) a um custo adicional de R$ 51 bilhões. Com a extensão, o programa vai custar R$ 203 bilhões, segundo estimativas do Ministério da Economia.

Frutos eleitorais

Segundo integrantes do governo, o presidente Jair Bolsonaro tem se preocupado em buscar uma solução para o fim do auxílio emergencial, que representa “dinheiro vivo” no bolso das famílias mais pobres.

Além de amparar os mais necessitados, o programa vai evitar um tombo ainda maior na atividade econômica e render frutos eleitorais ao presidente, sobretudo nos estados do Norte e Nordeste.

O objetivo é substituir o auxílio pelo Renda Brasil em 2021, mas não há recursos suficientes por causa do teto de gastos e do fim do período de calamidade, que contou com o chamado  orçamento de guerra e vem permitindo elevar os gastos para enfrentar a pandemia, sem as amarras fiscais. O período de calamidade vai até 31 de dezembro.

Caso o governo não consiga aprovar a ‘nova CPMF’, há riscos de o Renda Brasil não sair do papel, admitiu um técnico da equipe econômica. A arrecadação do novo imposto, que incidiria sobre transações digitais, seria usada para bancar o Renda Brasil e desonerar a folha de pagamento.

Procurado, o Ministério da Economia, não retornou até a publicação desta nota.