Homens que mantêm interesse sexual após 40 anos vivem mais, diz estudo
Um estudo da Universidade de Yamagata, no Japão, analisou a relação entre interesse sexual e…

Um estudo da Universidade de Yamagata, no Japão, analisou a relação entre interesse sexual e mortalidade em pessoas com mais 40 anos e mostrou que homens vivem mais quando mantêm seu interesse sexual. O mesmo, contudo, não se aplica a mulheres. Para elas, não foi constatada associação entre os fatores.
A pesquisa “Associação entre falta de interesse sexual e mortalidade por todas as causas em uma população geral japonesa: o estudo observacional prospectivo de Yamagata” foi publicada na revista científica Plos One em dezembro de 2022, mas ganhou repercussão na imprensa internacional na primeira quinzena deste mês.
O estudo sugeriu que a falta de interesse sexual é um fator de risco para diversas causas de mortalidade em homens japoneses com mais de 40 anos.
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“O interesse sexual é essencial para manter relações sexuais positivas e função sexual, que foram recentemente reconhecidas como importantes indicadores de boa saúde e qualidade de vida”, diz o documento.
Os cientistas observaram exames anuais de saúde de 20.969 indivíduos (8.558 homens e 12.411 mulheres) na província de Yamagata por um período máximo de nove anos. Já o interesse sexual foi avaliado por um questionário. Os participantes foram 7.668 homens (40,2%) e 11.386 mulheres (59,8%). A média de idade foi de 64,2 e 61,6 anos, respectivamente. Aqueles sem interesse sexual representaram 8,3% da amostra masculina e 16,1% da amostra feminina.
Na amostra, que contou com apenas pessoas heterossexuais, 8,3% dos homens e 16,1% das mulheres indicaram falta de interesse sexual.
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Durante o acompanhamento, 503 indivíduos morreram (356 homens e 147 mulheres), contabilizando 67 mortes causadas por doenças cardiovasculares, e 162 por câncer. A mortalidade foi significativamente elevada entre os homens que não tinham interesse sexual, incluindo câncer.
Além disso, o risco de mortalidade por diversas causas (hipertensão, diabetes, dislipidemia, tabagismo, etilismo, IMC, educação, estado civil, frequência do riso e sofrimento psicológico) foi significativamente maior para os homens sem interesse sexual. A taxa de diabetes também foi maior.
Esse grupo apresentou ainda porcentagens mais altas entre os que fumavam, bebiam, tinham problemas psicológicos, riam com pouca frequência e tinham menor nível educacional.
No entanto, a ausência de interesse sexual não foi associada à mortalidade cardiovascular entre os homens.
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