ERRO MÉDICO

Idosa vai operar tornozelo e sai com perna amputada de hospital em Maceió

O caso ocorreu após a equipe médica errar o procedimento que deveria ser feito nela

Uma idosa de 73 anos que iria fazer cirurgia para corrigir uma fratura de tornozelo teve uma perna amputada ontem por engano após a equipe médica errar o procedimento que deveria ser feito nela. O caso aconteceu no HGE (Hospital Geral do Estado). A unidade é pertencente ao governo do estado, em Maceió.

Maria José estava internada esperando cirurgia desde o dia 19.

Em vez da correção da fratura, houve uma amputação na altura da coxa da paciente. Os nomes dos integrantes da equipe médica estão sendo mantidos em sigilo.

A equipe médica foi afastada de imediato. Uma sindicância foi aberta para apurar o caso para tentar entender como ocorreu o erro.

Segundo Maria Aparecida, 58, irmã da vítima, a idosa era uma pessoa ativa. “Dia de domingo eu encontrava ela na feira comprando suas frutas da semana com aquela sacolinha. Ela era independente”, conta.

“A gente queria que ela viesse morar na mesma rua que eu e os outros irmãos, mas ela preferia ficar na casinha dela. Nossos irmãos são muito unidos, e a família depende de hospitais públicos. Somos em sete, a maioria idosos. Como confiar? Minhas irmãs não param de chorar”, disse Maria Aparecida.

Família cobra esclarecimentos

Nesta manhã, a família da idosa participa de uma reunião com o secretário de saúde, Gustavo Pontes, para cobrar esclarecimentos.

O diretor informa ainda que o caso foi de encontro ao protocolo usado no hospital. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde “lamenta profundamente o ocorrido e informa que já está prestando toda a assistência necessária à paciente e à família.”

“No pós-procedimento, foi informado à médica que foi feito o procedimento errado, que era para ter sido feita uma correção da fratura. A gente está trabalhando nesse momento para reduzir os danos do paciente.”, disse Rodrigo Melo, diretor do HGE, em entrevista à TV Pajuçara.

“O dano é irreparável, a gente sabe, e nós temos um protocolo de cirurgia segura, onde a equipe tem informações da paciente e para que identifique o membro a ser operado justamente para não ter um erro como esse.”, afirmou.