Jovem é preso, prova inocência e morre no dia em que seria solto da prisão, no TO
Briner de César passou mal foi levado para unidade de saúde de Palmas
![Briner de César estava há 15 dias reclamando de dores. Jovem é preso, prova inocência e morre no dia em que sairia da prisão](https://uploads.maisgoias.com.br/2022/11/5aca57af-whatsapp-image-2022-10-11-at-15.37.12-1.webp)
Após ficar preso por mais de um ano na Unidade Penal de Palmas (UPP), no Tocantins, Briner de César Bitencourt, de 23 anos, morreu no dia em que o presídio recebeu o alvará de soltura do jovem. Segundo a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), ele recebia atendimento médico após 15 dias reclamando de dores.
O óbito foi atestado pela equipe médica na madrugada da última segunda-feira (10).
Conforme a Seciju, Briner de César começou a apresentar dores no corpo nos últimos 15 dias. “Ele foi acompanhado pela equipe de saúde em diversas consultas e também encaminhado para atendimento especializado em unidades de saúde da capital, porém sem diagnóstico fechado em tempo”, diz a pasta.
No dia 9 de outubro, um dia antes de morrer, Briner manifestou mal-estar durante a noite. Uma equipe de saúde verificou a necessidade de um atendimento especializado. Os profissionais acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, após avaliação, o preso foi medicado e ficou em observação na própria UPP.
Por volta das 22h, o custodiado voltou a passar mal e foi levado pelo SAMU à UPA Sul, mas morreu por volta de 04h15 de segunda-feira (10).
A Central de Alvarás de Soltura da Polícia Penal recebeu do documento que autorizava a liberação de Briner horas depois, às 15h40.
A Seciju disse que todos os procedimentos referentes a atendimentos de saúde ao jovem foram disponibilizados e que também arcou com auxílio no funeral e apoio necessário aos familiares.
Prisão e inocência
Briner de César Bitencourt foi preso em outubro de 2021 durante uma operação da Polícia Militar (PM) em que foi encontrada uma estufa utilizada para o cultivo de maconha. No imóvel, estavam três pessoas, incluindo ele, que foi preso em flagrante.
Briner era motoboy, não tinha passagens pela polícia e há um ano tentava provar sua inocência. Segundo a sua defesa, ele sublocava um quarto na casa onde a droga foi encontrada e não tinha acesso ao local onde foi feito o flagrante.
Os outros detidos disseram à polícia que o motoboy não tinha relação com o crime. Ainda assim, ele continuou preso. “Fizeram perícia no celular dele, não foi achado nada que comprometesse a índole dele”, afirmou a defesa.
*Com informações do G1