COVID-19

Ministro da Saúde lamenta 500 mil mortes e diz que vacinação é esperança

Marcelo Queiroga disse que o PNI tem capacidade de vacinar até 2,4 milhões de brasileiros por dia

Ministério da Saúde vai lançar novo mascote sem aposentar Zé Gotinha
Ministério da Saúde vai lançar novo mascote sem aposentar Zé Gotinha (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse neste domingo (20) que o Programa Nacional de Imunização (PNI) é a esperança de por fim à pandemia de covid-19 no país. Em participação da vacinação em massa da ilha de Paquetá, bairro da capital Rio de Janeiro, o ministro disse que o PNI tem capacidade de vacinar até 2,4 milhões de brasileiros por dia

No evento, Queiroga lamentou profundamente todas as 500 mil vidas perdidas para a covid-19. “Não só os que morreram, mas os que ainda padecem dessa doença. É uma emergência de saúde pública internacional. Não é um problema exclusivo do Brasil e para enfrentá-lo a principal ferramenta é o Sistema Único de Saúde”.

O ministro disse ainda que o Ministério da Saúde adquiriu mais de 630 milhões de doses de vacinas e que, desse total, mais de 110 milhões de doses foram distribuídas. Segundo Queiroga, o Brasil se encontra entre os cinco países que mais distribuíram doses de vacinas para a sua população.

Queiroga e outras autoridades da área de saúde foram a Paquetá para o dia de imunização em massa dos moradores da ilha. A ação é uma parceria entre a Secretaria e Saúde do Município do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para estudo de Fase 4 da vacina AstraZeneca, quando o que está em análise é a efetividade das vacinas “no mundo real”, conceito que é diferente de eficácia, que é o percentual de proteção medido pelos testes clínicos, em um grupo controlado e em comparação a um placebo antes da aprovação da vacina pelas autoridades sanitárias. Todos os moradores da ilha devem ser vacinados, pelo menos com a primeira dose, ainda hoje.

Na quinta-feira (17), o trabalho começou a ser realizado com a coleta de amostras de sangue para testes sorológicos em moradores de Paquetá que se apresentaram como voluntários. Entre os objetivos, o estudo quer monitorar a “soroconversão”, isto é, quem era soronegativo (não tinha anticorpos) e passou a ser soropositivo (com anticorpos). A pesquisa será capaz de diferenciar quem passou a ter anticorpos por causa da vacina e quem os adquiriu devido a uma infecção, e isso ajudará a verificar, entre outros pontos, o nível de proteção coletiva que será alcançado. Segundo o secretário de Saúde do Município do Rio de Janeiro Daniel Soranz, 70% da população da lha participou do teste.

Fiocruz

A presidente da Fiocruz Nísia Trindade agradeceu a disponibilidade dos moradores da ilha em participar da pesquisa. Ela disse que “vacinar é sempre uma emoção, quando pensamos na importância das pesquisas que avaliam a vacina e o impacto na transmissão, como está sendo feito aqui em Paquetá”.