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Na prisão, Maníaco do Parque se ocupa com crochê e teme Covid-19

Segundo agentes penitenciários da Penitenciária de Iaras, São Paulo, tricô e crochê são as atividades…

Na prisão, francisco Maníaco do Parque se ocupa com crochê e teme Covid-19
Francisco de Assis não recebe visitas, ficou obeso dentro da prisão e nunca teve problemas com disciplina (Foto: Acervo O Globo)

Segundo agentes penitenciários da Penitenciária de Iaras, São Paulo, tricô e crochê são as atividades diárias de Francisco de Assis Pereira, 52, conhecido como Maníaco do Parque. Francisco está preso após estuprar e matar, pelo menos, seis mulheres e tentar assassinar outras nove em 1998.

Segundo os funcionários da penitenciária, todos os dias o Maníaco do Parque, apelido colocado por policiais, “passa horas sentado sozinho no pátio do Pavilhão 3 do presídio, quieto e cabisbaixo, bordando tapetes e toalhas para banheiros”.

Antes da suspensão das visitas ocasionada pelo isolamento social, Francisco conseguia ganhava um pouco de dinheiro vendendo o artesanato para familiares dos presos. Até o início deste ano, ele exercia outro trabalho: ajudava a fazer sapatilhas e roupas para bailarinos. Contudo, a fábrica da unidade prisional encerrou os serviços.

Os agentes penitenciários contam que o Maníaco do Parque não tem amigos, prefere ficar isolado e é bastante discreto. Ele lê a Bíblia Sagrada todos os dias e frequenta o culto evangélico ao menos uma vez por semana, fazendo as orações em voz baixa e com os braços erguidos.

Obeso, ficha limpa e sem visitas

Segundo os relatos, Francisco de Assis Pereira nunca gostou de jogar futebol na quadra do pátio e jamais fez exercícios físicos. Em decorrência do sedentarismo, ficou obeso. Atualmente pesa cerca de 100 quilos, com aproximadamente 1,70 m de altura. O medo do Maníaco do Parque é o mesmo da maioria dos brasileiros: contrair covid-19.

Francisco é considerado pelos funcionários da unidade como um preso de bom comportamento, nunca teve problemas com disciplina. A ficha é limpa. Na cela, com televisão e banheiro coletivo, ele divide o espaço com outros onze detentos.

Em cada cela da da Penitenciária de Iaras existem nove camas de concreto. Sendo assim, três detentos são obrigados a dormir no chão. Por ser um dos mais antigos na prisão, o Maníaco do Parque tem o privilégio de dormir em uma das camas de concreto, sobre um colchonete distribuído pelo Estado. Servidores do presídio garantem que Francisco não recebe visitas.

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*Com informações do UOL