Ensino público

Raquel Teixeira comemora números do Ideb, mas afirma que problema no ensino médio é nacional

Goiás cumpriu ou superou todas as metas estabelecidas para 2015 no Índice de Desenvolvimento da…

Goiás cumpriu ou superou todas as metas estabelecidas para 2015 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com a média de 3,8 no Ideb do Ensino Médio, a rede estadual em Goiás manteve a mesma nota da avaliação anterior, de 2013, mas acabou por perder duas posições no ranking nacional, do primeiro para o terceiro lugar. Em 2011, Goiás ocupava o sexto lugar com média 3,6.

As notas, que vão de 0 a 10, mostram que o Ensino Médio, que teve média nacional 3,7 no Ideb em 2015, não vai bem. “O Brasil vai mal e a estagnação vem desde 2011, quando a média já era 3,7”, afirma a secretária estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) Raquel Teixeira. Mesmo assim, ela avalia que Goiás teve um rendimento muito positivo em sua rede estadual ao superar mais uma vez a média nacional e alcançar 3,8.

Raquel aponta que o problema não está só na rede pública de ensino, mas diz acreditar que a queda da avaliação no Ideb do ensino privado também é uma evidência de que é preciso mudar o formato do Ensino Médio. Em 2011, as escolas particulares no Brasil tinham média 5,7 no Ideb, que caiu para 5,4 em 2013 e 5,3 no ano passado.

“É preciso que aconteça a reforma do Ensino Médio urgente no País. E Goiás endossa a reforma defendida pelo ministro Mendonça Filho, da Educação.” A secretária estadual se refere ao Projeto de Lei número 6.840 de 2013 que modifica a organização do currículo escolar do Ensino Médio. Na quinta-feira (8), o ministro declarou que “não há sintonia entre a realidade, os anseios dos jovens e o conteúdo ensinado para eles” nessa etapa dos estudos.

Raquel destacou a conquista da segunda maior nota individual nas fases finais do Ensino Fundamental, ou seja, no 8º e 9º anos, que foi obtida pelo Colégio da Polícia Militar de Goiás Unidade Dr. Cezar Toledo, em Anápolis, que conseguiu nota 7,2 no Ideb 2015, empatada com o Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais, em Patos de Minas (MG).

Medidas
De acordo com a secretária, uma das medidas adotadas em outros Estados e que tem mostrado resultado é a implantação das escolas em tempo integral. “Só tem 3% em Goiás das escolas que utilizam esse modelo. É preciso expandir isso”, analisa Raquel.

Sobre a gestão compartilhada por meio de Organizações Sociais (OSs) para administrar as escolas estaduais, com chamamento em andamento com “critérios rigorosos”, Raquel afirma que, assim como a escola em tempo integral, esse é um dos caminhos possíveis entre outros fatores que podem contribuir para que essa mudança de realidade aconteça no Ensino Médio.

Comemoração
Tanto Raquel quanto o governador Marconi Perillo (PSDB) se disseram orgulhosos dos resultados da educação na rede estadual apontada pelas médias no Ideb. A nota dos anos finais do Ensino Fundamental foi de 4,7, empatada com São Paulo e Santa Catarina. “Uma das medidas adotadas foi a Avaliação Diagnóstica Amostral (ADA), para avaliar bimestralmente o aprendizado e providencial material de apoio necessário”, destaca a secretária.

Em seu Facebook, a Seduce diz que “apesar de ser um bom resultado, queremos ainda mais. “Estamos batalhando para proporcionar um ambiente escolar cada vez melhor e garantir uma educação 100% pública e de qualidade para todos os goianos.” E aponta com uma das soluções o “novo modelo que está sendo proposto pela educação”, a implantação de OSs nas escolas estaduais.