Intoxicação

Sobe para 9 o número de cavalos mortos por feno contaminado, em Goiânia

Evolução da potrinha era "muito boa". O animal chegou a ser liberado para o piquete, com sinais positivos de recuperação, mesmo assim não resistiu

Imagem mostra a potrinha Galega, que morreu na manhã desta quarta, descansando após ser submetida a internação
Evolução de seu quadro de saúde havia sido considerada "muito boa" horas antes da morte do animal (Foto: Samy Castro)

Subiu para nove o número de cavalos mortos devido à suposta contaminação do feno utilizado para alimentação em Goiânia. Após a égua Tronchinha, que faleceu na última terça-feira (14), a potrinha Galega, de apenas 5 meses, morreu na manhã desta quarta-feira (15). Conforme mostrado pelo Mais Goiás, mais de 20 cavalos do Instituto Equestre Camilla Costa apresentaram sintomas de intoxicação, e ao menos doze animais precisaram ser internados.

No caso da Galega, a evolução de seu quadro de saúde havia sido considerada “muito boa” desde sua internação. Inclusive, o animal chegou a ser liberado para o piquete, com sinais de recuperação.

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“Ela já está bebendo água e comendo capim. Vamos soltá-la para descansar. Os outros animais estão se recuperando bem, e seguimos na luta”, afirmou um dos profissionais do Hospital Rural Veterinário, menos de 24 horas antes do óbito ser constatado.

Já Tronchinha, que estava em estado crítico devido a uma torção intestinal, inicialmente não precisou de cirurgia, pois seu quadro evoluiu positivamente. Ela, inclusive, demonstrou interesse por alimentos, o que indicava uma recuperação gradual. No entanto, o quadro piorou, e a égua não resistiu.

Feno contaminado

Desde que os cavalos apresentaram os primeiros sintomas de intoxicação, médicos veterinários, estudantes e integrantes do Instituto Equestre Camilla Costa, responsável pelos animais, monitoram a situação. Os cuidados se estendem desde a última sexta-feira, 10, quando os primeiros sintomas apareceram . “A batalha que estamos lutando não está fácil. Pedimos orações, seja qual for a sua crença”, publicou Camilla Costa, responsável pela instituição.

A estudante de veterinária Samy Castro, que fez estágio no instituto e tem ajudado de maneira voluntária nos últimos dias, usou seu perfil no Instagram para lamentar o ocorrido. Ela disse ter se apegado aos animais durante o tempo que passou na instituição e explicou que, apesar do porte físico, os cavalos são animais sensíveis.

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“O cavalo é muito sensível, por mais que seja grande e forte. Se ele estressa, pode dar cólica; se ele é submetido a muito esforço, pode desencadear cólica; se ele come algo errado, a mesma coisa. Lá, eles estão desconfiando do feno, mas não tem nada comprovado ainda. Nesses casos, o animal passa por uma dor intensa, que provoca desidratação, choque e pode levar à morte”, afirmou.