CRIME

“Sou racista mesmo”, gritava homem preso por injúria racial em hipermercado em Goiânia

Depois de cometer racismo contra a atendente de um hipermercado de Goiânia, um homem suspeito…

O homem preso suspeito de racismo contra a funcionária de um hipermercado de Goiânia foi solto após pagar fiança de R$ 3,3 mil. (Foto: reprodução)
O homem preso suspeito de racismo contra a funcionária de um hipermercado de Goiânia foi solto após pagar fiança de R$ 3,3 mil. (Foto: reprodução)

Depois de cometer racismo contra a atendente de um hipermercado de Goiânia, um homem suspeito de injúria racial afirmou que era “racista mesmo” e que “não iria falar baixo com uma preta”. O relato foi feito ao Mais Goiás pela técnica em enfermagem Thais Cruvinel, que presenciou o fato ocorrido no último domingo (14). O homem foi detido em flagrante e será investigado.

Thais é natural de Brasília e conta que mudou-se para Goiânia no domingo. No mesmo dia, ela foi ao hipermercado no Setor Marista fazer compras. Ela, o namorado e a cunhada aguardavam atendimento quando ouviram a gritaria no estabelecimento.

“Ouvimos ele bater no balcão e reclamar da demora. Falou que aguardou 30 minutos para ser atendido por uma preta. Começou a bater no balcão e a falar que odeia preto”, relatou a testemunha.

Ao ver a situação, a mulher pediu para que o suspeito deixasse de ser preconceituoso e que respeitasse a profissional. Depois disso, o homem fez gesto obsceno com a mão e ainda saiu gritando rumo ao estacionamento. “Ele falava ‘sou racista mesmo. Não vai dar nada para mim’”, relatou Thais à reportagem.

Testemunhas narram que foram agredidas por mãe de homem preso por injúria racial em hipermercado em Goiânia

Ainda de acordo com a técnica em enfermagem, o namorado dela e outras pessoas foram para o estacionamento no intuito de conter o suspeito. “O homem tentou entrar no carro, mas meu namorado não deixou. Foi aí que a mãe dele [suspeito] começou a nos agredir”, disse.

Ela conta que a mulher mordeu, xingou, cuspiu e deixou diversos chutes nas testemunhas. “Ela me xingou de prostituta, dizia que eu deveria vestir roupa. Me mordeu, puxou meu cabelo e me deu chutes”.

De acordo com Thais, as agressões só cessaram após a chegada da Polícia Militar. Apesar do ocorrido, a jovem de 24 anos preferiu não registrar boletim de ocorrência. “Eu só quero que o homem responda pelo crime de racismo. A atendente não queria dar continuidade, estava com medo, mas nós a convencemos a ir até a delegacia dar queixa”, afirmou.

Suspeito de racismo em hipermercado de Goiânia foi preso em flagrante

O homem, que não teve o nome revelado, foi preso em flagrante suspeito de racismo em um hipermercado no Setor Marista, em Goiânia. O caso ocorreu na tarde do último domingo (14), ocasião em que o detido teria dito que “odeia preto”. Segundo informou a Polícia Civil, o homem vai responder por injúria racial.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o suspeito é detido e levado à delegacia. Pessoas que estavam no local pedem ‘respeito’, enquanto os policiais colocam o homem na viatura. Neste momento, as testemunhas aplaudem a prisão. O detido faz o mesmo, como forma de deboche.

O suspeito foi autuado pelo crime de injúria racial. O caso será investigado pela Polícia Civil.