Suicídio

Vaticano condena suicídio assistido de jovem com câncer no cérebro

A jovem realizou um suicídio assistido, por meio de medicamentos, em sua casa em Portland, no Oregon (EUA)


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O Vaticano condenou nesta terça (4/11) a morte da americana Brittany Maynard, jovem de 29 anos que sofria de um tipo agressivo de câncer no cérebro e que pôs fim à própria vida no sábado (1º/11).

“Nós não julgamos as pessoas, mas o gesto em si é condenável”, disse o monsenhor Ignácio Carrasco de Paula, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, à agência de notícias Ansa. “Suicidar-se nunca é algo bom. A dignidade não é colocar fim à própria vida.”

A jovem realizou um suicídio assistido, por meio de medicamentos, em sua casa em Portland, no Oregon (EUA) –um dos cinco Estados americanos em que a ação é considerada legal.

Em janeiro, pouco mais de um ano após se casar, Brittany foi ao médico por causa das fortes dores de cabeça que sentia. Ela foi diagnosticada com um tumor cerebral de grande agressividade e informada que lhe restavam poucos meses de vida.

Como o desenvolvimento da doença lhe traria um grande e prolongado sofrimento antes da morte, a jovem, que morava na Califórnia, decidiu se mudar para o Oregon para realizar o suicídio assistido.

Segundo a ONG Compassion & Choices, Brittany vinha sofrendo de “ataques cada vez mais frequentes e mais longos, dores severas de cabeça e de garganta e sintomas semelhantes aos do AVC”.