1º colocado em Medicina na UFG tinha rotina de 15 horas diárias de estudo
João Pedro pretende seguir na área de neurocirurgia
Um dia antes de completar 18 anos, o estudante João Pedro de Araújo dos Santos foi aprovado no curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG). O resultado do vestibular foi divulgado na última sexta-feira (28). Para o jovem, a aprovação representa uma recompensa por seu esforço e pelas longas horas de estudo. Ao Mais Goiás, João Pedro detalhou sua rotina intensa. Ele começava a estudar às 7h, no cursinho, fazia uma pausa para o almoço e continuava em casa até por volta das 22h, totalizando cerca de 15 horas de dedicação diária.
A escolha pelo curso, segundo ele, é uma certeza presente desde a infância. “Desde que me entendo por gente, me vejo como médico”, contou. “Meus pais dizem que eu sempre afirmei que queria seguir essa carreira. É uma profissão que me brilha os olhos”.
O caminho até a aprovação foi marcado por disciplina. Após concluir o Ensino Médio no Colégio Olimpo, ele ingressou no pré-vestibular do Colégio WR, onde estabeleceu uma rotina exaustiva. “Meu preparo foi um tanto puxado”, admite.
A proximidade do vestibular da UFG, o levou a intensificar o ritmo, reduzindo o intervalo de almoço e tentando ampliar as horas de estudo. “Teve dias em que, pelo cansaço, não consegui me manter, mas minha meta era sempre estudar um pouco mais do que ontem”, relata.
João Pedro precisou abrir mão de momentos com a família e amigos para se dedicar aos estudos, no entanto, considera que essas abdicações foram essenciais para o resultado. “Foram muitos eventos que deixei de ir, aniversários de pessoas próximas que não pude estar presente, almoços de domingo que passei no quarto estudando, mas com certeza valeu muito a pena”, afirmou.
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Apoio familiar
Segundo João Pedro, o apoio da família foi fundamental. “Sem dúvidas, meus pais e familiares foram meus maiores apoiadores nessa caminhada”, afirma. A reação deles ao ver seu nome na lista de aprovados foi de “extrema alegria” e resultou em uma sequência de comemorações.
“A sensação é a melhor possível: perceber que seu esforço valeu a pena e foi recompensado. Minha reação foi de alívio; saber que deu certo me trouxe tranquilidade”, descreve o futuro médico.
João Pedro pretende seguir na área de neurocirurgia. “Acho que não daria certo na calmaria de uma clínica”, brinca.
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