Acordo pode livrar ex-jogador do Goiás e do Barcelona de condenação por disparo em Brasília
Além de jogar pelo Barcelona, Douglas atuou pelo Goiás. Disparo de arma de fogo aconteceu em abril deste ano, em Brasília

A Justiça do Distrito Federal propôs um acordo que pode livrar o lateral-direito Douglas Pereira, ex-jogador do Goiás, do Barcelona e do São Paulo, de uma condenação por disparar uma arma de fogo em Brasília. O episódio aconteceu no dia 21 de abril e a arma era calibre .380.
O lateral foi preso em flagrante e denunciado pelo Ministerio Público Federal com base nos artigos 14 e 15 da Lei n° 10.826/03, do Estatuto do Desarmamento. Ocorre que o juiz Luís Carlos de Miranda entendeu que a acusação tipificada no artigo 14 não merece prosperar, acatando argumento da defesa, porque Douglas não tinha antecedentes criminais e portava uma quantidade pequena de munição. Além disso, o magistrado também encontrou inconsistências na denúncia apresentada pelo MP, com base no artigo 15 — disparo de arma de fogo.
“Se não bastasse, a alegação do réu sobre a necessidade de se aplicar a consunção também é bastante lógica, eis que é evidente que se há acusação contra o réu, sob o fundamento de ter efetuado disparo de arma de fogo, o antecedente lógico da ação seria o de portar alguma arma e quantidade de munição. Óbvio que tal entendimento só pode ser aplicado quando houver, novamente, uma pequena quantidade de munições, pois não se visa proteger quem oferece grave perigo à sociedade”.
Mas, para evitar que o lateral seja condenado com base no artigo 15 — com pena prevista de dois a quatro anos, além de multa, o juiz propôs que o MP ofereça a ANPP, que também é pretendida pela defesa do atleta. A arma do crime em que o lateral atirou para o alto nunca foi encontrada pela polícia.
Confusão com o ex-lateral do Barça
De acordo com o relato do MP, Douglas Pereira estava passeando de lancha no lago Paranoá, em Brasília, e se desentendeu com outras pessoas que estavam na embarcação. Ao chegar em terra firme, o ex-Barcelona teria ouvido de um segurança o pedido para que deixasse o local. Foi quando ele teria ido ao estacionamento, buscado uma arma no carro e disparado para o alto.
Ainda segundo os autos, o acusado havia consumido bebidas alcóolicas no dia.
Em seguida, o ex-São Paulo pegou uma bolsa de viagem e colocou dentro dela cinco munições não registradas e um certificado de registro de arma de fogo de uma pistola Glock, registrada no nome da mãe do atleta. Ele adentrou no matagal e ocultou os bens, além de ter escondido a arma utilizada.