JULGAMENTO

Acusada de matar marido e enterrar corpo no quintal vai a júri popular em Goiânia

A Justiça de Goiás decidiu, nesta quinta-feira (27), que Kátia Soares Pereira Teles, acusada de…

O corpo de Joel de Souza Teles só foi encontrado após uma denúncia anônima, em maio do ano passado, dois anos após o crime ter acontecido de fato (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
O corpo de Joel de Souza Teles só foi encontrado após uma denúncia anônima, em maio do ano passado, dois anos após o crime ter acontecido de fato (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

A Justiça de Goiás decidiu, nesta quinta-feira (27), que Kátia Soares Pereira Teles, acusada de matar o marido e esconder o corpo no quintal de sua casa, deverá ser julgada por júri popular. O crime aconteceu em maio de 2018 no Parque Tremendão, em Goiânia.

O corpo de Joel de Souza Teles só foi encontrado após uma denúncia anônima, em maio do ano passado, dois anos após o crime ter acontecido de fato. A mulher alega que era vítima de violência doméstica e já não aguentava mais as agressões contra ela e as filhas menores.

“Ele era violento, nunca denunciei porque não ia adiantar. Nunca pensei em divorcio, porque ele disse que me matava”, relatou Kátia à polícia, segundo o documento. Ainda segundo o relato da mulher, apesar de saber que o homem já estava morto, ela resolveu amarrar os braços e pernas por medo dele acordar e machucá-la.

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, responsável pela decisão explicou ainda que, não houve determinação de prisão preventiva, já que não há situação autorizada da prisão, na visão dele.

Bombeiros procuram corpo do marido enterrado

Bombeiros procuram corpo do marido enterrado (Foto: Divulgação)

Acusação e defesa

Kátia teria confessado à Polícia Civil, após a descoberta do corpo, que assassinou o marido com uma facada no peito enquanto ele a enforcava durante uma briga. Após o crime, com a ajuda de um usuário de drogas, ela enterrou o corpo no jardim da casa onde mora até hoje.

Em agosto de 2020, o Ministério Público denunciou a mulher por homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver. No documento, o promotor Cláudio Braga Lima, alegou que Kátia não esclareceu como conseguiu imobilizar a vítima, já que o cadáver estava em decomposição há muito tempo.

Caso seja condenada, ela pode ficar presa por até 30 anos, conforme a lei de código penal. Os advogados de Kátia, Polliane de Sousa e Rogério de Paula, defendem que a mulher agiu em legítima defesa, já que ela sofria agressões físicas e psicológicas. Kátia e Joel foram casados por 18 anos.

Uma das testemunhas do caso afirmou que Kátia desconfiava que o marido também abusava sexualmente da filha. “Ela disse que desconfiava que o Joel já tinha abusado sexualmente da filha. Os vizinhos também não gostavam dele, achavam ele brigão, uma vizinha disse que nem via a Kátia, porque o marido não deixava”, relatou, segundo o documento.

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