PERDA

Antropólogo Rômulo Souza morre em Goiânia vítima de trombose e embolia pulmonar

Morreu no final de semana, em Goiânia, o professor e antropólogo Rômulo Pinto de Souza,…

Morreu no final de semana, em Goiânia, o professor e antropólogo Rômulo Pinto de Souza, vítima de trombose e embolia pulmonar. (Foto: reprodução)
Morreu no final de semana, em Goiânia, o professor e antropólogo Rômulo Pinto de Souza, vítima de trombose e embolia pulmonar. (Foto: reprodução)

Morreu no final de semana, em Goiânia, o professor e antropólogo Rômulo Pinto de Souza, vítima de trombose e embolia pulmonar. Aos 78 anos, o profissional, defensor da causa indígena em Goiás, era conhecido por ter um dos maiores acervos das etnias Xavante e Bororo do Estado.

Formado em Letras e Antropologia, Rômulo ficou conhecido no meio acadêmico por receber os alunos em casa, no Setor Campinas. Ele transformou um dos cômodos em uma espécie de ‘museu’, com peças e artefatos produzidos pelos nativos em tribos de Goiás, Mato Grosso e Pará.

Rômulo Souza também ajudou a criar o Museu Antropológico da PUC Goiás doando peças de seu acervo. Trabalhou com pesquisa na Funai e defendia a cultura indígena brasileira.

Vida profissional

Rômulo Pinto de Souza nasceu em Orizona, Goiás, e mostrou grande interesse pela leitura desde cedo. A paixão pela linguagem o fez seguir carreira como professor, função que exerceu ao longo de mais de 50 anos. Ele ministrava aulas de português, inglês, além de ser fluente em francês e espanhol.

Foi professor do Colégio Santa Clara e, por muitos anos, esteve à frente das salas de aula do Colégio Delta em Anápolis e em Goiânia. Também deu aula no Colégio Classe, na capital.

Nas aulas de Ensino Médio, Rômulo Souza era carinhosamente chamado pelos estudantes de “Tigrão, o guerreiro Xavante”. O apelido foi dado após as curiosidades e os ensinamentos que ele transmitia aos alunos sobre a cultura indígena.

O professor era conhecido, ainda, por emprestar livros e por dar dicas de filmes, documentários e artigos científicos aos alunos. Ele também analisava a formação cultural de povos e nações espalhadas pelo mundo e contribuía com dados científicos em teses de mestrado e doutorado de diversas áreas.

Nos últimos anos, Rômulo se dedicou a dar aulas particulares de inglês e português em casa.