Blocos e escolas de samba de Goiânia seguem animados para o primeiro Carnaval após a pandemia de Covid-19
Após dois anos, os foliões estão liberados para tirar as fantasias dos guarda-roupas para comemorar
Animação é a palavra que define os blocos e as escolas de samba de Goiânia em relação ao primeiro Carnaval após a pandemia de Covid-19. Em 2020, como o vírus ainda não tinha chegado a Goiás, as comemorações aconteceram normalmente. Já em 2021 e 2022, as organizações e foliões foram proibidos de desfilar nas ruas da capital. Agora, em 2023, todos estão liberados para tirar as fantasias dos guarda-roupas para celebrar ao ar livre.
Os blocos Não é Não e e Coró Mulher estarão nas ruas de Goiânia na terça-feira (21). A concentração começará na Comedoria do Samba do Mundão, ao meio-dia. Depois os foliões passarão pela Rua 120, 119, pelo Bosque da Amizade, entrarão pela viela 120 e seguirão até o Bacião, onde retornarão para o local de partida.
Cida Alves, cofundadora do bloco Não é Não, disse que o grupo sentiu muita falta do Carnaval nestes dois anos e, segundo ela, os carnavalescos estão muito animados para essa retomada.
“A gente está numa alegria incrível. Estamos loucos para ir para a avenida e encontrar as pessoas, confraternizar, dançar, festejar. A gente está sentindo que este Carnaval é uma exaltação à vida, ao amor, à ciência”, disse Cida, super empolgada.
A cofundadora informou que, em 2019, a expectativa era de 300 pessoas, mas cerca de 10 mil foliões estiveram no local. Em 2020, o grupo não conseguiu precisar os números devido ao grande fluxo de pessoas. Como este é primeiro Carnaval depois de dois anos parados, Cida não soube estimar o tamanho do público esperado pelo bloco.
Já o Bloco Socialista, que foi fundado em 2012, foi às ruas na quinta-feira (16) e saiu da Praça Universitária, no Setor Leste Universitário.
Deryk Santana, fundador do bloco, lamenta a perda de muitos carnavalescos durante estes dois anos, mas diz acreditar que este seja o melhor carnaval da história.
“O sentimento é de muita ansiedade e felicidade. Este momento de catarse é essencial, porque conseguimos levar ao público reflexões e debates fundamentais de uma forma leve. Conseguimos celebrar e vivenciar o ensaio daquilo que o Brasil pode e deveria ser”, afirma Deryk.
Escolas de samba
Poucos sabem, mas em Goiânia também existem escolas de samba. Uma das mais antigas é a Associação Cultural Escola de Samba Lua-Alá, que existe há 34 anos e foi fundada por Delgado Filho.
Neste ano, o grupo apresentará o enredo: “Goiânia em seus 90 anos”, em que homenageará a capital e contará as histórias de Eurípides de Oliveira, Edson Fernandes e Eduardo de Souza. O evento acontecerá no dia 20 de fevereiro, às 20h, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, e tem entrada gratuita.
“A gente está com uma ansiedade muito grande para colocar a escola na ‘avenida’, porque trabalhamos muito para isso. Muito samba no pé, muita alegria e muita paz no coração”, afirma Delgado Filho.
Também com 34 anos, a escola de samba Beija Flor irá desfilar no sábado (18). Com saída às 20h do Centro Audiovisual Museu do Índio, no Setor Pedro Ludovico, o grupo percorrerá a Alameda Botafogo e chegará até a rua PL 8, onde será o destino final dos foliões.
O carnavalesco Flávio Delavega, que representa escola, conta que a Beija Flor teve muitos prejuízos financeiros quando o Carnaval foi cancelado por conta das fantasias que foram confeccionadas e não foram utilizadas. Porém, para este ano, as expectativas são as melhores e ele acredita que o grupo reunirá ao menos 500 pessoas.
“Estamos mega felizes por termos cumprido mais uma etapa. Foram 30 dias corridos trabalhando, fazendo fantasias para trazer felicidade para nossa comunidade. Missão dada, missão cumprida”, finaliza.
