ACIDENTE

Bombeiro que atua em incêndio na Chapada dos Veadeiros tem olho perfurado por graveto

O militar, que atua no incêndio na Chapada dos Veadeiros, passava por debaixo de um arame quando o graveto entrou nos óculos de proteção

Incêndio na Chapada dos Veadeiros já dura 11 dias (Foto: Corpo de Bombeiros)

Um sargento do Corpo de Bombeiros que atua no combate ao incêndio na Chapada dos Veadeiros teve o olho perfurado por um graveto na última terça-feira (21), enquanto trabalhava no local. O militar passava por debaixo de um arame quando o graveto se interpôs entre seus óculos de proteção e os olhos, de modo a atingir seu globo ocular. Apesar do susto, ele não corre o risco de perder a visão.

Um capitão dos Bombeiros explicou ao Mais Goiás que o sargento integra a equipe de militares que está na região da Chapada para combater o fogo que já consumiu mais de 18 mil hectares de vegetação. Dentro do Parque Estadual, foram cinco mil hectares destruídos.

O militar diz que o sargento usava todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários. Porém, num dado momento, ele teve de passar por debaixo de uma cerca de arame numa região e, nesse momento, um graveto entrou em seus óculos de proteção e atingiu seu globo ocular.

O sargento foi levado às pressas para um hospital de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, onde passou por uma cirurgia de emergência. Ele já se recupera em casa, sem risco de perder a visão do olho atingido.

Incêndio na Chapada

incêndio na Chapada dos Veadeiros, que afeta a região desde o dia 12 de setembro, chegou ao Parque Estadual na noite da última segunda-feira (20) e, até o momento, já consumiu cinco mil hectares da área. De acordo com o coordenador Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios do ICMbio, João Morita, o fogo adentrou o parque por dois pontos específicos, mas que não apresentam risco para as áreas de visitação e os turistas.

Ao Mais Goiás, Morita informou que o fogo, que até então consumia as regiões de preservação em volta do Parque Estadual da Chapada dos Veadeiros, começou pela região da Fazenda Cascata e Ponte de Pedra. Essas regiões estão a 60 e 40 quilômetros distantes dos pontos de visitação do Parque, respectivamente. Portanto, não oferecem risco aos visitantes.

“Não é necessário nenhum fechamento [do parque], porque está muito longe dos turistas. Se isso mudar, avisaremos”, disse o coordenador. De acordo com a Sociparques, que administra o Parque Estadual, as visitações seguem funcionando normalmente.