Cães adestrados pela PM de Goiás são devolvidos dias depois da adoção
O projeto passa a buscar famílias com perfis específicos para a adoção dos animais
A expectativa de um final feliz para os 18 cães resgatados e adestrados pela Polícia Militar de Goiás (PMGO) esbarrou nos primeiros desafios da adaptação à vida em um novo lar. Pouco mais de uma semana após a feira de adoção realizada no dia 13, no Araguaia Shopping, em Goiânia, três animais precisaram retornar aos cuidados dos protetores responsáveis pelo projeto. Cruela, Vovô e Naro haviam sido adotados por famílias previamente avaliadas, com estrutura adequada e experiência com animais. Ainda assim, dificuldades de convivência no novo ambiente motivaram as devoluções.
Segundo Lara, uma das protetoras envolvidas na iniciativa, todos os adotantes passaram por entrevistas, visitas e orientações antes de levar os cães para casa, no entanto, o comportamento do animal pode mudar quando ele sai de um ambiente controlado e chega a uma casa nova, com novos cheiros, rotinas e estímulos.
No caso de Cruela e Vovô, ambos demonstraram comportamento agressivo em relação aos gatos dos tutores. Apesar de terem convivido com felinos durante o período em que estiveram sob os cuidados do Batalhão de Cães da PM, a reação no novo lar foi diferente do esperado. Já Naro apresentou episódios de ciúmes e acabou atacando a cadela da família, surpreendendo os protetores, já que ele tinha histórico positivo de convivência com outros cães em lares temporários.
Apesar do impacto emocional gerado pelas devoluções, Cruela já foi readotada e segue em um novo lar. Vovô e Naro, por sua vez, retornaram para lares temporários, onde recebem acompanhamento e aguardam uma nova chance agora com critérios ainda mais específicos.
Novas exigências para adotar os cães
Com a reabertura do processo de adoção, o grupo passou a buscar perfis bastante definidos para cada animal. No caso do Vovô, a principal restrição é a ausência de gatos na residência. Ele é descrito como um cão equilibrado e dócil, indicado para tutores que desejam um companheiro tranquilo, desde que não haja felinos no ambiente.
Já Naro exige ainda mais atenção. O projeto procura famílias sem crianças e que desejem o animal exclusivamente como companhia. A adoção não será permitida para guarda de chácaras ou fazendas, especialmente em situações em que o cão fique isolado.
Como se candidatar?
Os interessados em adotar Vovô ou Naro devem entrar em contato pelo Instagram oficial do projeto, @doguinhos_ufg. O processo inclui uma nova entrevista detalhada e avaliação criteriosa de fatores como estrutura da residência, proteção contra sol e chuva, tempo disponível para dedicação ao animal, condições financeiras para cuidados veterinários e histórico com outros pets.
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