Câmara de Urutaí recebe denúncia formal contra vereador acusado de estuprar estagiária
Documento foi registrado na secretaria da Câmara e será lido na sessão ordinária da próxima quinta-feira, 4 de dezembro
A Câmara Municipal de Urutaí recebeu oficialmente o processo de denúncia que acusa o presidente da Casa, vereador Éder Alberto Jorge Pimenta (MDB), de 50 anos, de estuprar uma estagiária de 25 anos que trabalha na área de marketing do Legislativo.
O documento foi registrado na secretaria da Câmara e será lido na sessão ordinária da próxima quinta-feira (4/12). A partir desse momento, os demais vereadores tomarão conhecimento oficial do conteúdo das acusações.
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Com a formalização da denúncia, o plenário poderá decidir pela abertura de investigações internas, como, por exemplo, a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou processo por quebra de decoro parlamentar.
Em nota, a Câmara Municipal destacou que o simples protocolo da denúncia não implica afastamento automático do presidente do cargo. “Qualquer medida nesse sentido depende de votação em plenário e do cumprimento do rito de ampla defesa”, frisa.
Acusação
De acordo com o relato da vítima, o crime teria ocorrido na segunda-feira (24/11), quando ela foi chamada pelo vereador para uma suposta viagem de trabalho até Pires do Rio com o objetivo de tirar fotos. Ao invés do destino combinado, ela foi levada a um motel. A jovem gravou áudios durante o episódio, que foram anexados à denúncia como prova.
“Ele me levou para um motel. Aí ele falou para eu descer e entrar no quarto, que a gente só ia conversar. Eu ainda perguntei: ‘O que a gente está fazendo aqui? A gente não ia trabalhar, tirar fotos?’”, relatou a estagiária à reportagem da TV Anhanguera.
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De acordo com o relato, dentro do quarto, o vereador mandou que ela se sentasse na cama, passou a tocá-la e a segurou pelo pescoço quando ela tentou se afastar. A vítima também afirmou que Pimenta insinuou que ela poderia ser promovida caso aceitasse manter um relacionamento secreto com ele.
O caso é investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e tramita em segredo de Justiça. Por meio de nota, o advogado do vereador, Marcelo Godoi, informou que “não há confirmação das acusações” e que Éder Pimenta “permanece colaborando com as investigações”. A defesa também reforçou que o parlamentar está amparado pelo princípio constitucional da presunção de inocência.