Cinco cidades de Goiás concentram 40% do furto de energia no Estado
Goiânia, Aparecida de Goiânia, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás e Luziânia são os municípios com mais ocorrências

Somente cinco cidades de Goiás concentram 40% de todo o furto de energia no Estado. Segundo a concessionária Equatorial Goiás, são elas: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás e Luziânia. Os dados são de janeiro a outubro de 2023.
Neste período, a companhia inspecionou 173 mil unidades consumidoras. Foram residências, comércios e indústrias com suspeitas de fraudes em todo o Estado. Do montante, as suspeitas se confirmaram em cerca de 83 mil locais e houve a regularização posterior.
Destaca-se, somente em Goiânia e Região Metropolitana foram 44 mil inspeções em unidades consumidoras. Nestes casos, foram 23 mil apresentaram alguma irregularidade na medição. Nas fiscalizações, a empresa atua em conjunto com as forças de segurança do Estado. Foram 136 operações de combate ao furto, que resultaram 100 prisões.
De acordo com a Equatorial, a ação foi responsável por recuperar 24 Gigawatt-hora (GWh). A energia é suficiente para manter Caldas Novas abastecida por um mês. energia suficiente para abastecer, por exemplo, todo o município de Caldas Novas por um mês.
Caso recente
Em 24 de novembro, a Polícia Militar (PM), o Ministério Público de Goiás (MPGO) e a Equatorial Goiás “desligaram” um condomínio, em Santo Antônio do Descoberto, que furtava energia há, pelo menos, sete anos. De acordo com a distribuidora, o local tinha 22 transformadores ligados clandestinamente à rede de distribuição de energia.
O condomínio já tinha sido embargado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Minerais Agroecológicos (Semma) de Santo Antonio do Descoberto. Eram aproximadamente 200 residências ligadas clandestinamente. Ao Mais Goiás, a Equatorial informou que o prejuízo estimado é de R$ 2 milhões. Na ocasião, não tiveram prisões. O síndico e o loteador, contudo, responderão pelos crimes, conforme a distribuidora.
Gerente de serviço técnico comercial da Equatorial Goiás, Pabllo Barbosa argumenta que os “gatos”, como são conhecidos esses furtos, prejudicam a qualidade do fornecimento de energia, mas também coloca, em risco a segurança da população, podendo causar graves acidentes. “Essa prática ilícita pode resultar em acidentes graves, especialmente quando realizada por pessoas sem a devida capacitação e autorização para intervir na rede elétrica”, afirma ao ressaltar que a sobrecarga da rede elétrica e possibilidade de curtos-circuitos.
“É importante destacar que, para além das implicações legais, o furto de energia contribui para a elevação dos custos para todos os clientes. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece, nas tarifas, uma parcela destinada a cobrir as chamadas perdas comerciais, termo técnico que engloba furtos e fraudes no contexto do setor elétrico”, esclarece.