HOSPITAIS LOTADOS

Covid-19: Prefeito relata cenário de caos na saúde de Inhumas

Inhumas vive o seu o pior momento desde o início da pandemia. Ao Mais Goiás,…

Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás

Inhumas vive o seu o pior momento desde o início da pandemia. Ao Mais Goiás, o prefeito João Antônio (PSD) afirma que a situação das unidades hospitalares da região é preocupante e que a cidade não tem condições de internar mais pacientes com coronavírus. Conforme último registro da Secretaria Municipal de Saúde, Inhumas, que tem pouco mais de 50 mil habitantes, registra 5,5 mil casos ativos e 127 óbitos por covid-19.

De acordo com João Antônio, a unidade de pronto atendimento (UPA) e o hospital municipal já atingiram sua capacidade máxima no atendimento e internação de pacientes com covid-19. O gestor relata que as unidades estão tendo que, inclusive, transformar leitos comuns em “UTIs” pela falta de ambiente adequado para o tratamento.

“Estamos com a UPA cheia de gente, que não é o local de manter o paciente. Estamos ficando com paciente três, quatro dias intubado. O hospital municipal também está lotado. Nós não temos UTI, entretanto estamos mantendo pacientes em grande quantidade no tubo, porque está grave e não acha UTI pra levar”, descreve João Antônio.

O prefeito de Inhumas também diz que já solicitou ajuda da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) “inúmeras vezes”, mas que o auxílio efetivo que teve até o momento foi a doação de respiradores. “O Estado não tem fornecido UTI pra gente desafogar o hospital e o cais. Nós estamos ficando com pacientes de alta complexidade, tendo um grande número de óbitos por uma inoperância do Estado”, conclui.

Medidas de restrição

Na última semana, o município de Inhumas decretou o fechamento das atividades não essenciais e, neste, ampliou as restrições para estabelecimentos como bancos e loterias, mantendo em funcionamento apenas as atividades consideradas de extrema necessidade. Segundo o prefeito, as medidas só serão suspensas “quando o município tiver condições de atendimento aos pacientes”.

A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com a SES-GO e aguarda um posicionamento.

Atualização: Em nota enviada ao Mais Goiás, a Secretaria de Saúde de Goiás declarou que tem ajudado o município de Inhumas “no que é possível”, com ações que vão desde o envio de anestésicos até a disponibilização de ventiladores mecânicos.

Veja:

“A propósito das questões formuladas por este veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) responde o que segue:

A SES-GO mantém contato frequente com a Secretaria Municipal de Saúde de Inhumas, ajudando o município no que é possível. Entre ações estão o envio de ampolas de anestésicos e relaxantes musculares ontem (15/03) e hoje (16/03); e a disponibilização e oferta de mais ventiladores, que não foi aceita pela cidade devido a limitação com pontos de oxigênio nas unidades municipais.

A gestão estadual é operante no enfrentamento da Covid-19, visto que conta com uma rede hospitalar estruturada de forma regionalizada no território goiano. Há mais de 1.110 leitos dedicados aos pacientes com o coronavírus na rede estadual, sendo mais de 520 UTIs.”