Criança autista que “tocava” teclado de papel ganha instrumento de verdade em Goiás; vídeo
Luan Levi, de seis anos, com espectro autista nível 2, encanta a família tocando teclado
Luan Levi, de seis anos, com espectro autista nível 2, mora com os avós desde o nascimento e tem impressionado a família com seu talento musical. Autodidata, ele começou a ‘reproduzir’ músicas em teclados desenhados em pedaços de papel, mas logo levou o amor a música a aplicativos de celular, do imaginário para a vida real. Em vídeo obtido com exclusividade pelo Mais Goiás, o garoto, que se divertia com instrumentos virtuais, é surpreendido ao ganhar da família um teclado de verdade. Em apenas 3 meses, ele, que começou a prática sozinho, passa o tempo destrinchando melodias simples e complexas, como obras clássicas do renomado Mozart.
O interesse pela música surgiu há cerca de três meses. A avó Edinalda Prado Rodrigues revela que ele desenvolveu o hábito em aplicativos digitais e logo teve a ideia de usar desenhos de teclados para treinar acordes. Tudo por conta própria. Impressionados com a dedicação, os avós decidiram presenteá-lo com um teclado real, e a reação da criança foi imediata: passou a tocar ainda mais e explorar um mundo novo de novas obras. “Ele passa horas tocando. Tem horas que eu vou até a janela para vê-lo tocar. São umas melodias lindas que só ele entende, eu mesma não entendo nada”, brinca a avó.
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Uma das músicas que ele se aventura a tocar é a famosa Rondo Alla Turca, de Mozart. Embora exija níveis avançados de compreensão e habilidade técnica, o pequeno compenetrado vence os obstáculos da música erudita em suas experiências dentro de casa. Além do talento musical, Luan apresenta habilidades cognitivas avançadas para a idade. Segundo Edinalda, ele aprendeu a ler sozinho aos dois anos e meio, assistindo a vídeos educativos, e rapidamente passou a demonstrar facilidade com matemática, compreendendo números altos desde muito cedo.
Feliz com o presente
Edinalda, a avó orgulhosa, explica que o teclado se tornou o passatempo preferido da criança de forma imediata. Agora, a rotina da família que já girava em torno do desenvolvimento de Luan, ganha contornos musicais. “A gente comprou o teclado porque ele estava tão interessado e focado. Quando viu, ficou tão feliz que não parava de tocar”, conta a avó, que cria o garoto desde o nascimento.
Para a família, o talento de Luan é um dom e uma bênção. “Eu não entendo muito de piano, mas só de ouvir o som dele já é emocionante. É uma alegria para toda a nossa família”, afirma Edinalda, destacando o impacto positivo que a música trouxe para a vida de todos.
O pequeno também se dedica a escrever, realizar tarefas escolares e levar o aprendizado para as terapias realizadas durante a semana. A família destaca que, mesmo sem aulas formais de música, Luan demonstra grande compreensão das notas e melodias.
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